Meteorologia

  • 19 SEPTEMBER 2024
Tempo
20º
MIN 18º MÁX 26º

Incêndios deflagram em navio grego abandonado após ataque dos Hutis

Três incêndios deflagraram hoje num petroleiro de bandeira grega anteriormente atacado pelos rebeldes Hutis do Iémen, e o navio parece estar agora à deriva no Mar Vermelho, segundo o Centro de Operações Comerciais Marítimas do Reino Unido (UKMTO).

Incêndios deflagram em navio grego abandonado após ataque dos Hutis
Notícias ao Minuto

19:30 - 23/08/24 por Lusa

Mundo Médio Oriente

Não é ainda claro o que aconteceu ao petroleiro "Sounion", que foi abandonado pela sua tripulação na quinta-feira, após ter sido atacado pelos Hutis, e supostamente ancorado no local.

 

O UKMTO, da Armada britânica, relatou os incêndios numa nota ao fim do dia de hoje.

"O UKMTO recebeu um relatório de que foram observados três incêndios em navios", informou o centro, acrescentando: "O navio parece estar à deriva".

Os Hutis não reconheceram até ao momento a responsabilidade pelo incêndio.

Suspeita-se que os rebeldes iemenitas tenham regressado e atacado pelo menos um outro navio que mais tarde se afundou, como parte da sua campanha lançada há meses contra o transporte marítimo no Mar Vermelho devido à guerra em curso entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.

O petroleiro, que pertence à empresa Delta Tankers com instalações em Atenas, tinha perdido capacidade propulsão e estava fundeado no Mar Vermelho, entre a Eritreia e o Iémen, na sequência do ataque reivindicado pelos Hutis na quarta-feira e que tinha, inicialmente, provocado temporariamente um incêndio a bordo e danificado o compartimento do motor.

O navio era tripulado por 23 filipinos e dois russos, bem como por quatro seguranças privados, que foram levados por um contratorpedeiro francês para o vizinho Djibuti, informou na quinta-feira a missão naval "Aspides" da União Europeia no Mar Vermelho, que receia um desastre ambiental.

O "Sounion" transporta 150 mil toneladas de crude a bordo e representa um "risco de navegação e ambiental", alertou a missão, sublinhando que "é essencial que todos na área sejam cautelosos e se abstenham de quaisquer ações que possam levar a uma deterioração da situação atual".

Os Hutis atacaram mais de 80 navios com mísseis e 'drones' desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em 07 de outubro, apreenderam uma embarcação e afundaram duas na campanha que matou também quatro marinheiros.

Outros mísseis e 'drones' foram intercetados por uma coligação liderada pelos Estados Unidos no Mar Vermelho ou não conseguiram atingir os seus alvos.

Os rebeldes afirmam que têm como alvo navios ligados a Israel, aos Estados Unidos ou ao Reino Unido para forçar o fim da campanha israelita contra o Hamas na Faixa de Gaza.

No entanto, muitos dos navios atacados têm pouca ou nenhuma ligação com o conflito, incluindo alguns com destino ao Irão, que apoia o grupo iemenita.

Os Hutis fazem parte do chamado "eixo de resistência", uma coligação liderada pelo Irão que também integra o Hamas e as milícias libanesas do Hezbollah, entre outras organizações.

A guerra em curso na Faixa de Gaza, com mais de 40.000 mortos, foi desencadeada por um ataque do Hamas em solo israelita em 07 de outubro de 2023.

Leia Também: Filipinas pedem aos seus marinheiros que evitem o Mar Vermelho

Recomendados para si

;
Campo obrigatório