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Timor. Xanana espera decisão sobre Greater Sunrise "até ao final do ano"

O primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, disse que "espera uma decisão favorável" a Timor-Leste sobre o projeto petrolífero em conjunto com a Austrália, Greater Sunrise, até ao final do ano.

Timor. Xanana espera decisão sobre Greater Sunrise "até ao final do ano"
Notícias ao Minuto

06:10 - 25/08/24 por Lusa

Mundo Timor/25 anos

"Não posso fazer previsões, mas até ao final do ano espero que possamos já ter alguma decisão favorável ao nosso desejo de trazer o gasoduto para Timor", afirmou o chefe do Governo timorense, em entrevista à agência Lusa a propósito dos 25 anos do referendo que levou à independência de Timor-Leste, que se assinalam em 30 de outubro.

 

Localizado a 150 quilómetros de Timor-Leste e a 450 quilómetros de Darwin, o projeto Greater Sunrise tem estado envolto num impasse, com Díli a defender a construção de um gasoduto para o sul do país e a Woodside, segunda maior parceira do consórcio, a inclinar-se para uma ligação à unidade já existente em Darwin.

O consórcio é constituído pela timorense Timor Gap (56,56%), a operadora Woodside Energy (33,44%) e a Osaca Gás Australia (10%).

"Porque não é totalmente nosso, não podemos tomar decisões a nosso gosto, a nosso bel-prazer. Estamos em discussões, as duas partes, a nossa parte e a outra parte são as companhias e a própria Austrália", explicou Xanana Gusmão, acrescentando que atualmente as conversações são mais "técnicas e legalistas". 

Timor-Leste, a Austrália e o consórcio tem realizado negociações sobre o Código de Mineração para a Exploração do Petróleo, Contrato de Partilha de Produção e Regime Fiscal, documentos chave para estabelecer o quadro legal e regulatório para apoiar o desenvolvimento do Greater Sunrise para garantir a sua viabilidade comercial, como estipulado no Tratado da Fronteira Marítima.

O acordo de fronteira marítima permanente entre Timor-Leste e a Austrália determina que o Greater Sunrise, um recurso partilhado, terá de ser dividido, com 70% das receitas para Timor-Leste no caso de um gasoduto para o país, ou 80% se o processamento for em Darwin.

A seleção do conceito -- um gasoduto para Darwin ou para Timor-Leste -- está a ser alvo de um estudo encomendado pelo consórcio, que deverá ser conhecido no último trimestre do ano.

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