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Delegação israelita no Cairo para conversações sobre tréguas em Gaza

A delegação israelita deslocou-se hoje ao Cairo para as negociações com vista a um acordo de cessar-fogo e à libertação de reféns na Faixa de Gaza, apesar da escalada dos combates no Líbano.

Delegação israelita no Cairo para conversações sobre tréguas em Gaza
Notícias ao Minuto

18:39 - 25/08/24 por Lusa

Mundo Médio Oriente

A delegação é liderada pelo chefe dos serviços de informação estrangeiros Mossad, David Barnea, e pelo chefe dos serviços secretos para Israel e territórios palestinianos Shin Bet, Ronen Bar, segundo fontes citadas pelo diário "The Times of Israel".

 

A delegação dos islamitas palestinianos do Hamas está desde sábado na capital egípcia, tendo os mediadores egípcios e do Qatar já informado sobre a evolução do diálogo após duas semanas de trabalho sem a presença palestiniana.

Em cima da mesa está a proposta de cessar-fogo dos Estados Unidos.

Um dos pontos-chave das negociações é a exigência israelita de manter uma presença militar no corredor de Filadélfia, na fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito, para impedir qualquer tentativa de contrabando e rearmamento por parte do Hamas, mas tanto o Egito como o grupo palestiniano rejeitam esta possibilidade.

Fontes israelitas indicaram que os Estados Unidos estão a pressionar Israel a concluir um acordo para evitar uma possível escalada da guerra na região. O jornal "The Times of Israel" escreveu que Washington terá pedido a Telavive que deixasse claro que não pretende uma escalada com o Hezbollah do Líbano e que pretende chegar a um acordo com o Hamas.

Outros pontos críticos são a exigência de Israel de impedir o regresso das milícias palestinianas ao norte da Faixa de Gaza, a exigência do Hamas de um cessar-fogo permanente e o número e nomes dos reféns israelitas e dos prisioneiros palestinianos a libertar em cada fase.

Entretanto, o Presidente egípcio, Abdelfattah al-Sisi, recebeu hoje o presidente do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas dos EUA, Charles Brown, a quem transmitiu a necessidade de tomar decisões de grande alcance para evitar uma escalada de violência.

Al-Sisi referiu-se, em particular, à situação no Líbano e pediu para garantir a segurança e a soberania deste país no âmbito da ofensiva militar israelita, justificada como um "ataque preventivo" contra lançadores de mísseis do Hezbollah, segundo o jornal estatal egípcio "Al Ahram".

O líder do Egito apelou também a um "esforço internacional coordenado" para abrir "um processo político abrangente para a criação de um Estado palestiniano independente no quadro da solução de dois Estados", que considera essencial para a estabilidade regional a longo prazo.

Destacou ainda a "forte parceria estratégica" entre os Estados Unidos e o Egito, nomeadamente nos domínios da segurança e militar.

A guerra em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.

Após o ataque do Hamas, Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 40 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.

Leia Também: Hamas considera ataques do Hezbollah "bofetada na cara" de Israel

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