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Sirenes anti-'rockets' a sul de Telavive. Hamas reivindica disparo

O braço armado do Hamas, o movimento islamita palestiniano em guerra com Israel na Faixa de Gaza, reivindicou hoje à noite o disparo de um 'rocket' contra Telavive, que o Exército israelita afirmou ter caído numa zona desabitada.

Sirenes anti-'rockets' a sul de Telavive. Hamas reivindica disparo
Notícias ao Minuto

21:12 - 25/08/24 por Lusa

Mundo Médio Oriente

Segundo a Defesa israelita, as sirenes de alerta de 'rockets' dispararam pelas 22h00 (20h00 de Lisboa) em Rishon LeZion, uma cidade a sul de Telavive.

 

"Um projétil identificado como proveniente da Faixa de Gaza caiu sobre uma zona desabitada na região de Rishon LeZion", declarou o Exército israelita.


Este ataque do braço armado do Hamas a território israelita ocorre pouco depois de as delegações de Israel e do movimento islamita palestiniano terem, hoje à noite, abandonado o Cairo, após uma reunião com os mediadores do Qatar, Estados Unidos e Egito, que não resultou em progressos no sentido de um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, há mais de dez meses e meio palco de uma guerra entre as duas partes.

Num comunicado a anunciar o seu regresso, o Hamas reiterou a sua rejeição das novas condições israelitas - entre as quais, a presença de tropas na fronteira egípcia - e o seu apoio ao plano proposto a 02 de julho pelos Estados Unidos.

"A delegação do Hamas sublinhou a posição do movimento de que qualquer acordo deve incluir um cessar-fogo permanente, uma retirada total da Faixa de Gaza, a liberdade de regresso dos residentes às suas zonas, ajuda e reconstrução e um acordo sério de troca [de reféns por prisioneiros]", vincou de novo o grupo islamita palestiniano.

Por seu lado, a delegação negocial israelita, liderada pelos chefes das duas agências de serviços secretos de Israel, David Barnea, da Mossad, e Ronen Bar, do Shin Bet, regressou também a casa, após uma ronda que o Egito classificou como "estagnada", segundo uma fonte da segurança egípcia de alta patente hoje citada pela agência noticiosa espanhola EFE a coberto do anonimato.

Apesar de "estagnada", a ronda prosseguirá na segunda-feira, indicou a mesma fonte, para tentar "desbloquear" os pontos de desacordo entre as partes.

De acordo com esta fonte, o Egito rejeitou a proposta de Israel de permanecer no corredor de Filadélfia - que separa a Faixa de Gaza do país árabe - e no corredor de Netzarim - que divide o enclave palestiniano ao meio -, tal como fez há dias o Hamas, que continua a exigir a retirada total do Exército israelita de Gaza.

Por sua vez, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, repetiu diversas vezes na semana passada que Israel não abandonará a divisória egípcia, que considera um "ativo estratégico" para que o Hamas não se rearme.

Israel declarou a 07 de outubro do ano passado uma guerra na Faixa de Gaza para "erradicar" o Hamas, horas depois de este ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando 1.194 pessoas, na maioria civis.

Desde 2007 no poder em Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel, o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) fez também nesse dia 251 reféns, 111 dos quais permanecem em cativeiro e 41 morreram entretanto, segundo o mais recente balanço do Exército israelita.

A guerra, que hoje entrou no 324.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 40.400 mortos (quase 2% da população) e 93.470 feridos, além de mais de 10.000 desaparecidos, na maioria civis, presumivelmente soterrados nos escombros, de acordo com números atualizados das autoridades locais.

O conflito causou também cerca de 1,9 milhões de deslocados, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa "situação de fome catastrófica" que está a fazer vítimas - "o número mais elevado alguma vez registado" pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.

[Notícia atualizada às 21h48]

Leia Também: Hamas considera ataques do Hezbollah "bofetada na cara" de Israel

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