Conforme noticiado pelo jornal El Mundo e confirmado à agência de notícias EFE por fontes policiais, os três agentes dos Mossos d'Esquadra foram suspensos enquanto prossegue a investigação judicial sobre a sua detenção.
Os Mossos detiveram os três agentes por alegadamente terem dado proteção e ajudado Puigdemont a fugir de Barcelona no passado dia 08 de agosto, apesar de este ter um mandado de captura emitido pelo Supremo Tribunal.
Os três oficiais foram libertados depois de terem sido presentes a tribunal.
Um dos agentes detidos é o proprietário do veículo em que Puigdemont fugiu, embora no seu caso tenha alegado que emprestou o carro a uma amiga que se encontra numa cadeira de rodas, que era a mulher que conduzia quando o antigo presidente do governo regional catalão conseguiu fugir sem ser detido.
No relatório que apresentaram ao Supremo Tribunal de Justiça sobre o dispositivo para a detenção de Puigdemont e que fracassou, os Mossos admitem que a "manobra de distração" do antigo presidente catalão, num movimento que "escapa a qualquer lógica racional ou política", os mergulhou numa situação de "confusão" e "incerteza" que os impediu de o deter.
O ex-líder catalão, exilado na Bélgica desde o processo frustrado de independência da Catalunha, em 2017, anunciou no início de agosto que regressaria a Espanha, depois de ter sido eleito para o parlamento catalão nas eleições regionais antecipadas, em que o seu partido, o Juntos pela Catalunha, ficou em segundo lugar, depois dos socialistas.
Puigdemont deu então como certo que seria detido quando regressasse a Espanha, onde tem um mandado de captura nacional, depois de não lhe ter sido aplicada a amnistia pelo crime de peculato.
Na capital catalã, o antigo presidente da Generalitat (governo regional), caminhou pelas ruas, antes de subir a um palco para discursar perante milhares de apoiantes.
Após este momento, a polícia estava convencida de que Puigdemont e a sua comitiva se dirigiriam para o edifício do parlamento, mas o ex-governante desapareceu, no que os Mossos descreveram como "engano orquestrado".
As autoridades montaram então um dispositivo nas estradas para procurar detê-lo, mas sem sucesso.
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