Autoridades fronteiriças não registam alterações por parte da Bielorrússia
O serviço estatal da Guarda de Fronteiras da Ucrânia garantiu hoje que a situação junto da fronteira com a Bielorrússia permanece "inalterada e sob controlo", um dia depois da advertência acerca da concentração de tropas bielorrussas.
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Mundo Ucrânia/Rússia
O porta-voz do serviço, Andri Demchenko, adiantou que a Rússia não tem forças suficientes no território da Bielorrússia para, a partir daí, lançar outra invasão.
"Nas proximidades da nossa fronteira, não notámos nem observámos o movimento de equipamento ou de pessoal", acrescentou a mesma fonte, referindo que os serviços secretos ucranianos "controlam ativamente" o que se passa no interior do território bielorrusso.
Esta monitorização visa preparar os ucranianos se "qualquer atividade" contra Kiev for iniciada pelo país vizinho, segundo Demchenko.
No domingo, o Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano afirmou, em comunicado, que a Bielorrússia estava a reunir "um número significativo" de homens e armas na região de Gomel, perto da fronteira ucraniana, sob o pretexto de exercícios, tendo sido também comunicada a presença de antigos mercenários da Wagner.
Kiev avisou Minsk "para não repetir erros trágicos sob pressão de Moscovo" e pediu-lhe que retirasse as suas forças da fronteira ucraniana para uma distância fora do alcance das armas bielorrussas.
"Trata-se de um trabalho diplomático normal, que não significa que um ataque da Bielorrússia possa acontecer em breve, mas mantém Minsk em alerta", comentou à agência noticiosa EFE o analista militar Oleksandr Kovalenko.
As forças russas invadiram o norte da Ucrânia a partir da Bielorrússia no início da invasão, em fevereiro de 2022, e utilizaram as suas infraestruturas e território para logística militar e ataques contra a Ucrânia.
De acordo com as autoridades bielorrussas, o país posicionou recentemente as suas forças mais perto da fronteira ucraniana.
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