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Trump critica Harris e Biden e lembra retirada dos EUA do Afeganistão

O ex-Presidente Donald Trump criticou hoje o Governo de Joe Biden e Kamala Harris pela retirada caótica dos Estados Unidos do Afeganistão, no terceiro aniversário do atentado suicida que matou 13 militares norte-americanos, chamando o ataque de "humilhação".

Trump critica Harris e Biden e lembra retirada dos EUA do Afeganistão
Notícias ao Minuto

23:38 - 26/08/24 por Lusa

Mundo EUA

Trump, o candidato presidencial republicano, depositou coroas de flores no Cemitério Nacional de Arlington em homenagem aos sargentos norte-americanos Nicole Gee, Darin Hoover e Ryan Knauss, mortos no atentado suicida no Aeroporto Internacional Hamid Karzai em 26 de agosto de 2021. A organização radical Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pelo ataque.

 

"A humilhação no Afeganistão desencadeou o colapso da credibilidade e do respeito americano em todo o mundo", disse Trump, mais tarde, num discurso na conferência da Associação da Guarda Nacional dos Estados Unidos em Detroit.

O Governo de Joe Biden seguia um compromisso de retirada e um cronograma que a administração de Trump havia negociado com os Talibãs em 2020.

Uma revisão de 2022 feita por um investigador especial nomeado pelo Governo concluiu que as decisões tomadas por Trump e por Joe Biden foram os principais fatores que levaram ao rápido colapso das Forças Armadas do Afeganistão e à tomada do poder pelos Talibãs.

Desde que Biden abandonou a sua tentativa de reeleição, Trump tem-se concentrado em Kamala Harris, a agora candidata presidencial democrata, e nos seus contributos em decisões de política externa. O magnata destacou especificamente as declarações da vice-presidente de que ela foi a última pessoa na sala antes de Biden tomar a decisão sobre o Afeganistão.

"Os eleitores vão demitir Kamala e Joe [nas eleições] em 05 de novembro, esperamos, e quando eu assumir o cargo, pediremos a renúncia de cada oficial", disse Trump a milhares de soldados da Guarda Nacional.

"Teremos a renúncia de cada oficial sénior que esteve relacionado com a calamidade do Afeganistão, para estar na minha mesa ao meio-dia no Dia da Tomada de Posse. Vocês sabem, temos que demitir pessoas. Temos que demitir pessoas quando elas fazem um mau trabalho", acrescentou.

Na sua própria declaração marcando o aniversário do ataque ao aeroporto de Cabul, Kamala Harris disse que lamenta os 13 funcionários que foram mortos.

Harris advogou que honra e se lembra de todos os americanos que serviram no Afeganistão.

"Como eu disse, o Presidente Biden tomou a decisão corajosa e correta de encerrar a guerra mais longa da América. Nos últimos três anos, a nossa Administração demonstrou que ainda podemos eliminar terroristas, incluindo os líderes da Al-Qaeda e do ISIS, sem tropas mobilizadas em zonas de combate", disse.

"Nunca hesitarei em tomar qualquer ação necessária para combater ameaças terroristas e proteger o povo americano", realçou a candidata democrata.

Os familiares de alguns dos militares americanos que foram mortos apareceram no palco da Convenção Nacional Republicana no mês passado, dizendo que Biden nunca havia divulgado publicamente os nomes daqueles que perderam a vida.

"Joe Biden recusou-se a reconhecer o sacrifício deles", disse Christy Shamblin, a sogra de Nicole Gee, à multidão. "Donald Trump sabia o nome de todos os nossos filhos. Ele conhecia todas as suas histórias", acrescentou.

Numa declaração feita hoje, no aniversário do ataque em Cabul, Biden disse que os 13 americanos que morreram eram "patriotas no mais alto sentido" que "incorporavam o melhor" da nação: eram "corajosos, comprometidos, altruístas".

"Desde que me tornei vice-presidente [no Governo de Barack Obama], carreguei comigo todos os dias um cartão com o número exato de militares americanos que foram mortos no Iraque e no Afeganistão, incluindo Taylor, Johanny, Nicole, Hunter, Daegan, Humberto, David, Jared, Rylee, Dylan, Kareem, Maxton e Ryan", disse Biden.

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