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Venezuela. Jornalista libertada após ser detida por "terrorismo"

A jornalista venezuelana Carmela Longo foi libertada com restrições na segunda-feira, após ter sido detida no domingo sob acusação de "instigação ao ódio e ao terrorismo", confirmou o sindicato venezuelano dos profissionais da imprensa.

Venezuela. Jornalista libertada após ser detida por "terrorismo"
Notícias ao Minuto

06:42 - 27/08/24 por Lusa

Mundo Venezuela

A entidade adiantou, na rede social X (antigo Twitter), que a jornalista está sob regime de apresentação em tribunal e proibida de sair da Venezuela, bem como de testemunhar e de escrever sobre a detenção.

 

Carmela Longo e o seu filho foram conduzidos a uma esquadra da polícia de Caracas para a detenção, depois de agentes da divisão de investigação criminal da Polícia Nacional Bolivariana terem revistado a sua casa.

Em 19 de agosto, a jornalista anunciou que tinha sido despedida do diário Últimas Notícias, após um percurso de quase 20 anos na publicação e como delegada sindical por mais de 10 anos.

A demissão da jornalista foi alvo de protestos por organizações não governamentais e políticos da oposição ao Governo, que denunciam uma "repressão" contra a imprensa venezuelana.

Após a libertação de Carmela Longo, 12 jornalistas continuam presos, seis dos quais detidos após as eleições de 28 de julho e pelo menos quatro acusados do crime de "terrorismo", assinala o sindicato dos jornalistas na Venezuela.

A entidade considera estar em causa o "uso ilegal e arbitrário das leis antiterrorismo", especialmente contra jornalistas e fotojornalistas detidos no âmbito dos protestos que se seguiram às eleições.

A Venezuela, país que conta com uma expressiva comunidade de portugueses e de lusodescendentes, realizou eleições presidenciais no passado dia 28 de julho, após as quais o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) atribuiu a vitória a Maduro com pouco mais de 51% dos votos, enquanto a oposição afirma que o seu candidato, o antigo diplomata Edmundo González Urrutia obteve quase 70% dos votos.

O Supremo Tribunal de Justiça, controlado por magistrados simpatizantes do regime venezuelano, confirmou na quinta-feira que os resultados das eleições de 28 de julho deram a vitória a Maduro sobre o seu adversário González Urrutia.

A oposição venezuelana e diversos países da comunidade internacional denunciaram uma fraude eleitoral e exigiram que sejam apresentadas as atas de votação para uma verificação independente, o que o CNE diz ser inviável devido a um "ciberataque" de que alegadamente foi alvo.

Leia Também: Oposição convoca nova mobilização contra Maduro na quarta-feira

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