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Pequim recusa acusação de Manila de destruir a paz no Mar do Sul da China

A China rejeitou hoje as acusações das Filipinas de destruir a paz no Mar do Sul da China, considerando que o "rótulo" utilizado pelo ministério da Defesa filipino não pode ser aplicado.

Pequim recusa acusação de Manila de destruir a paz no Mar do Sul da China
Notícias ao Minuto

10:51 - 27/08/24 por Lusa

Mundo China

Em conferência de imprensa, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian, sublinhou que os países da região sabem claramente que a China não é culpada pela instabilidade.

 

"Quem está realmente a infringir e a provocar no Mar do Sul da China? Quem está a introduzir forças externas, minando a paz e a estabilidade regionais?", questionou.

Lin instou as Filipinas a "reconhecerem a raiz do problema, a evitarem provocações e a não continuarem com falsas acusações", notando que qualquer tentativa de inverter a verdade irá aumentar as tensões na região.

A China garantiu hoje que a sua guarda costeira agiu "legal e profissionalmente" depois de Manila ter relatado que um navio filipino foi atacado com canhões de água pelas forças chinesas no Mar do Sul da China.

O secretário da Defesa das Filipinas acusou segunda-feira a China de ser "o maior perturbador" da paz no Sudeste Asiático e apelou a uma censura internacional mais forte contra Pequim.

Gilberto Teodoro Jr. falava numa conferência militar internacional organizada em Manila, tendo depois acrescentando aos jornalistas que as declarações internacionais de preocupação contra as ações da China em águas disputadas e noutros locais "não eram suficientes".

"O antídoto é uma ação multilateral coletiva mais forte contra a China", disse Teodoro, afirmando que os diplomatas e as autoridades de defesa deveriam aplicar medidas mais fortes.

Entretanto, os Estados Unidos admitiram hoje a possibilidade de escoltar navios filipinos, dependendo de consultas no âmbito do Tratado de Defesa Mútua de 1951 dos aliados, segundo o chefe do Comando Indo-Pacífico norte-americano, Samuel Paparo.

A hipótese foi avançada durante uma conferência de imprensa, em Manila, com a presença do chefe das Forças Armadas das Filipinas, general Romeo Brawner Jr.

"Certamente, no contexto das consultas", respondeu quando questionado sobre a hipótese de escolta, referindo ser "inteiramente razoável dentro do Tratado de Defesa Mútua, no meio desta estreita aliança" entre os dois países, sem dar mais detalhes.

A chegada ao poder de Ferdinand Marcos Jr. fez aumentar a pressão diplomática de Manila para recuperar a sua soberania marítima através, nomeadamente, das denúncias públicas de presença chinesa em águas disputadas.

As Filipinas acusaram no sábado a China de disparar duas vezes foguetes de aviso contra um dos seus aviões de patrulha civil sobre ilhotas disputadas no mar do Sul da China.

Na sexta-feira, Pequim tinha anunciado contramedidas contra aviões militares filipinos acusados de terem entrado no seu espaço aéreo nas proximidades do recife de Subi em 22 de agosto, também reivindicado por Manila.

O Mar do Sul da China recebe cerca de 30% do comércio global e abriga 12% dos pesqueiros mundiais, além de possuir potenciais depósitos de petróleo e gás.

Leia Também: Filipinas acusa chineses por abalroarem navio no Mar do sul da China

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