Os dois jornalistas acusados são Nicholas Connolly, repórter da estação alemã Deutsche Welle, e Natalia Nagornaya, correspondente do canal de televisão ucraniano 1+1, indicaram os serviços secretos russos.
De acordo com a acusação, Connolly e Nagornaya atravessaram ilegalmente a fronteira e filmaram vídeos na cidade de Sudzha, ocupada pelas tropas ucranianas.
Num comunicado, o Serviço Federal de Segurança russo especificou que, desde o passado dia 17 de agosto, foram abertos processos criminais contra um total de sete jornalistas estrangeiros, quatro ocidentais e três ucranianos, por terem entrado ilegalmente na região de Kursk.
De acordo com o código penal da Rússia, a entrada ilegal no país é punível com até cinco anos de prisão.
As forças ucranianas têm em curso, desde 06 de agosto, uma ofensiva terrestre sem precedentes na região fronteiriça russa de Kursk, ao mesmo tempo que tentam conter os avanços das tropas de Moscovo na província de Donetsk, no leste do país.
Na região fronteiriça russa, Kiev já reclama o controlo de 100 localidades e de 1.294 quilómetros quadrados. A Ucrânia também reivindica a captura de 594 soldados russos desde o início da ofensiva.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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