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EUA afirmam importância da paz em Taiwan e preocupação com apoio à Rússia

O conselheiro de Segurança Nacional norte-americano sublinhou hoje perante o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, em Pequim, a importância de "manter a paz" em Taiwan e preocupação com o apoio à "base industrial de defesa da Rússia".

EUA afirmam importância da paz em Taiwan e preocupação com apoio à Rússia
Notícias ao Minuto

16:12 - 28/08/24 por Lusa

Mundo EUA

Segundo um comunicado divulgado pela Casa Branca após o encontro com o ministro chinês Wang Yi, Sullivan "sublinhou a importância de manter a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan" e "a preocupação com o apoio da RPC (República Popular da China) à base industrial de defesa da Rússia e o seu impacto na segurança europeia e transatlântica".

 

Depois de reuniões quarta-feira e hoje entre Jake Sullivan e Wang Yi, a presidência norte-americana fez saber que foi reafirmado o empenho da defesa dos "seus aliados do Indo-Pacífico" e a "preocupação com as ações desestabilizadoras da RPC contra as operações marítimas legítimas das Filipinas no Mar do Sul da China".

Foram debatidas "preocupações comuns" sobre a Coreia do Norte, Myanmar e o Médio Oriente, enquanto a um nível mais bilateral Sullivan manifestou preocupações sobre "políticas comerciais injustas e as práticas económicas não comerciais" chinesas, continuando a ser prioridade os casos de norte-americanos "injustamente detidos ou sujeitos a proibições de saída na China".

"Sublinhou igualmente o compromisso de longa data dos EUA para com os direitos humanos universais e as liberdades fundamentais", refere o comunicado, que indica que as reuniões decorreram no âmbito dos "esforços em curso para manter os canais de comunicação e gerir de forma responsável as relações" entre os dois países.

Foram mantidas "discussões francas, substantivas e construtivas", estando ainda na lista de assuntos abordados a luta contra o narcotráfico, as comunicações entre militares, as migrações, a crise climática, e a Inteligência Artificial.

Do lado de Washington, foi sublinhado que continuarão a ser tomadas as medidas necessárias para "impedir que as tecnologias avançadas dos EUA sejam utilizadas para minar" a segurança nacional norte-americana "sem limitar indevidamente o comércio ou o investimento".

Os dois lados "comprometeram-se a manter uma diplomacia de alto nível e consultas a nível de trabalho numa base contínua".

Anteriormente, o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês tinha dado conta dos avisos de Wang Yi sobre a necessidade de os Estados Unidos pararem de armar Taiwan e de reprimir a China em diversas áreas.

"Taiwan pertence à China e a China vai unificar-se. A independência de Taiwan é o maior risco para a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan, e os Estados Unidos devem honrar os seus compromissos de não apoiar a independência de Taiwan. E devem parar de armar Taiwan", afirmou o chefe da diplomacia a Sullivan.

Segundo o relato, Wang Yi também exigiu que os EUA "deixem de reprimir" a China em áreas como a economia, o comércio e a tecnologia e criticou Washington por "querer partir de uma posição de força" e por ter usado recentemente conceitos como segurança nacional e excesso de capacidade "como desculpa para tomar medidas protecionistas".

Outra questão citada por Pequim levantada foi o apoio às Filipinas no Mar do Sul da China.

"Os EUA não devem usar os tratados bilaterais como pretexto para minar a soberania e a integridade territorial da China, nem devem apoiar ou tolerar as ações ilegais das Filipinas", disse Wang Yi a Jake Sullivan, segundo a emissora chinesa CCTV.

Jake Sullivan e Wang Yi encontraram-se cinco vezes nos últimos 18 meses, incluindo uma vez em Washington e outra durante a cimeira de novembro entre o Presidente norte-americano, Joe Biden, e o seu homólogo chinês, Xi Jinping, na Califórnia (EUA).

Iniciada terça-feira, a visita de Sullivan decorre quando o Japão, signatário de um tratado de segurança com os Estados Unidos, acusou a China de "grave violação" da sua soberania depois de um avião ter entrado no seu espaço aéreo.

As Filipinas, ligadas aos Estados Unidos por um tratado de defesa mútua, acusaram Pequim de ser o "maior perturbador" da paz na região.

Leia Também: Pequim insta EUA a "parar de armar Taiwan" e "deixar de reprimir" a China

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