De acordo com os últimos dados do Ministério da Gestão de Catástrofes e da Ajuda Humanitária, divulgados hoje, pelo menos 21 pessoas morreram nas últimas 24 horas em onze distritos do leste e sudeste do país, elevando para 52 o número de mortos desde o início das fortes chuvas na semana passada.
Os distritos de Feni e Cumilla, ambos no leste, registaram o maior número de mortos desde o início das chuvas, com 17 e 14 mortes, respetivamente. Uma pessoa continua desaparecida em Moulvibazar, no nordeste do país.
Mais de 5,4 milhões de pessoas foram afetadas pelas inundações repentinas causadas pelas chuvas e as autoridades abriram mais de 3.400 abrigos temporários, de acordo com o boletim do ministério.
As autoridades informaram ainda que atribuíram 378.000 dólares (cerca de 341.000 euros) de ajuda às pessoas afetadas, incluindo a entrega de mais de 20.000 toneladas de arroz e cerca de 15.000 pacotes de alimentos.
De acordo com as estimativas das autoridades, as chuvas deverão continuar durante os próximos três dias, sendo maioritariamente ligeiras a moderadas, embora se preveja que algumas zonas do país venham a registar chuvas fortes.
No entanto, as águas dos rios estão a recuar em todo o país e a regressar ao seu caudal normal.
O Bangladesh, um dos países mais baixos e mais densamente povoados do mundo, é extremamente vulnerável às inundações devido à sua geografia, clima e condições socioeconómicas.
A maior parte do território situa-se num delta formado pelos rios Ganges, Brahmaputra e Meghna, o que o expõe a um elevado risco de inundações durante a época das monções.
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