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Univ. de Columbia falhou no combate ao antissemitismo durante protestos

Uma investigação divulgada na sexta-feira apontou falhas da Universidade Columbia, em Nova Iorque, na luta contra o antissemitismo, durante as manifestações estudantis que atingiram faculdades em todo o mundo devido à guerra em Gaza.

Univ. de Columbia falhou no combate ao antissemitismo durante protestos
Notícias ao Minuto

06:36 - 31/08/24 por Lusa

Mundo EUA

"Os testemunhos de centenas de estudantes judeus e israelitas mostram claramente que a comunidade universitária não os tratou com a civilidade, o respeito e a justiça que promete a todos os seus estudantes", refere, neste relatório, o grupo de trabalho sobre antissemitismo criado pela universidade no auge das manifestações nos campus norte-americanos na primavera.

 

Segundo a comissão, durante a primavera, "quase 500 alunos expuseram o seu testemunho".

"As suas histórias são comoventes e mostram claramente que a universidade deve agir", pode ler-se.

Os autores do relatório citam exemplos de estudantes que foram empurrados para o chão por expressarem apoio a Israel, ou suásticas colocadas em residências universitárias.

Outros relataram que lhe foi negado o acesso a determinados espaços públicos por serem judeus ou israelitas.

A comissão avaliou também que a prestigiada universidade privada não tem estruturas adequadas em caso de incidentes.

"Muitos estudantes não sabiam como denunciar estes incidentes. Enquanto alguns professores e funcionários responderam com compaixão e determinação, outros minimizaram as preocupações destes estudantes, respondendo lenta e ineficazmente mesmo às violações mais flagrantes", frisaram.

O grupo de trabalho recomendou a implementação de mais formação para combater a discriminação e o antissemitismo para estudantes, professores e funcionários.

E ainda a melhoria dos mecanismos de comunicação e tratamento de eventuais incidentes.

Epicentro das manifestações pró-palestinianas e do apoio à população de Gaza na primavera, a universidade foi acusada, tal como outras universidades norte-americanas, de não ter lutado o suficiente contra o antissemitismo durante este período.

Há duas semanas, a presidente da Columbia, Nemat Shafik, demitiu-se do cargo, citando este "período de crise", seguindo o exemplo das suas homólogas da Universidade da Pensilvânia, Elizabeth Magill, e de Harvard, Claudine Gay, meses antes.

O conflito em curso em Gaza iniciou-se em outubro do ano passado, quando os islamitas palestinianos do Hamas lançaram um ataque ao território israelita que causou cerca de 1.200 mortos e perto de 200 reféns.

Em resposta, Israel lançou uma ofensiva militar em grande escala contra a Faixa de Gaza que, até agora, causou mais de 40.600 mortos e quase 94.000 feridos, segundo o balanço mais recente das autoridades locais do enclave controlado pelo Hamas.

Leia Também: Presidente da Universidade de Columbia demite-se após protestos

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