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Corredor da Filadélfia? Ministro pede para "anular a decisão" de Israel

O ministro da Defesa de Israel instou hoje o Conselho de Ministros a reverter a decisão de manter as tropas israelitas no corredor de Filadélfia, horas após serem recuperados os corpos de seis reféns de Gaza.

Corredor da Filadélfia? Ministro pede para "anular a decisão" de Israel
Notícias ao Minuto

09:21 - 01/09/24 por Lusa

Mundo Médio Oriente

"O Conselho de Ministros deve reunir-se imediatamente e anular a decisão de quinta-feira" relativa à fronteira entre Gaza e o Egito, disse Yoav Gallant em comunicado, num gesto sem precedentes, de acordo com a agência noticiosa EFE.

 

Para o ministro, a presença contínua de tropas na fronteira, recentemente exigida pelo primeiro-ministro Netanyahu, é um dos maiores obstáculos a uma trégua com o Hamas.

"É demasiado tarde para os reféns que foram mortos a sangue frio, (mas) temos de recuperar os que ainda estão detidos pelo Hamas", acrescentou o ministro num comunicado.

Após as notícias de hoje sobre a morte dos reféns Ori Danino, Almog Sarusi, Hersh Goldberg-Polin, Carmel Gat, Alexander Lobanov e Eden Yerushalmi, cujos corpos foram encontrados na noite de sábado num túnel em Rafah, no sul de Gaza, os familiares dos reféns culparam Netanyahu pelo trágico desfecho.

"É o resultado direto da não assinatura de um acordo. Todos eles foram mortos nos últimos dias, depois de terem sobrevivido a quase 11 meses de abusos, tortura e fome no cativeiro do Hamas. O atraso na assinatura do acordo provocou a sua morte e a de muitos outros reféns", afirmou hoje o Fórum das Famílias dos Reféns num comunicado.

"Nos últimos meses, oito reféns foram resgatados com vida através de operações militares, em comparação com os 105 reféns libertados num acordo (de tréguas) em novembro", recordaram, apelando a Netanyahu para que se compadeça publicamente.

Na quinta-feira à noite, oito ministros votaram a favor da manutenção da presença das tropas no corredor de Filadélfia, mesmo no caso de um acordo de tréguas.

A decisão contou com o voto contra de Gallant e a abstenção do ministro radical da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, que manifestou abertamente o seu desejo de reocupar o enclave palestiniano.

De acordo com relatos da reunião, citados pela imprensa local, Gallant já tinha perdido a paciência com Netanyahu na quinta-feira, acusando-o de condenar os reféns à morte, indica a agência EFE.

O primeiro-ministro argumentou que o Hamas conseguiu levar a cabo o ataque de 07 de outubro porque Israel não controlava a divisão, e disse que esta decisão tornaria um acordo de tréguas mais plausível, uma vez que o Hamas teria de ceder a esta exigência.

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