Respondendo a jornalistas na conferência de imprensa diária da Comissão Europeia, uma porta-voz para a Política Externa, Nabila Massrali referiu que desde 2002 que a Mongólia tem obrigações para cumprir no âmbito do Estatuto de Roma, devendo assim executar o mandado internacional do Tribunal Penal Internacional (TPI).
Nabila Massrali disse ainda que a UE já manifestou preocupação com a visita do presidente russo à Mongólia através da delegação em Ulan Bator.
A porta-voz reconheceu que o país, "tal como outros países, tem o direito de desenvolver os seus laços internacionais de acordo com os seus interesses", mas sublinhou existir "um mandado de captura contra Putin, emitido pelo TPI, pela deportação e transferência ilegal de milhares de crianças ucranianas dos campos de refugiados da Ucrânia".
Putin chega a Ulan Bator na terça-feira, na primeira visita a um Estado que reconhece o TPI desde que o tribunal emitiu uma ordem de detenção internacional, no ano passado, contra o líder russo por suspeita de crimes de guerra na Ucrânia.
Putin reúne com o seu homólogo mongol, Ukhnaa Khurelsukh.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, mergulhando a Europa numa crise.
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