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Rússia diz que fundador do Telegram "era demasiado livre"

Para o ministro dos Negócios Estrangeiros, a investigação ao cidadão franco-russo trata-se de uma manobra política do Ocidente para exercer poder sobre a Rússia. 

Rússia diz que fundador do Telegram "era demasiado livre"
Notícias ao Minuto

15:34 - 02/09/24 por Notícias ao Minuto

Mundo Rússia

O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, afirmou, esta segunda-feira, que o fundador do Telegram, Pavel Durov, era "demasiado livre" na forma como geria a plataforma de mensagens e que tal levou à sua detenção.

 

"Pavel Durov era demasiado livre", disse Lavrov, num discurso aos estudantes do Instituto Estatal de Relações Internacionais de Moscovo (MGIMO), gerido pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia. 

As declarações surgem após Durov ter sido detido e indiciado, na semana passada, pela justiça francesa por crimes relacionados com a plataforma de mensagens encriptadas, ficando em liberdade, mas sob estrita vigilância judicial.

Para o ministro, a investigação ao cidadão franco-russo trata-se de uma manobra política do Ocidente para exercer poder sobre a Rússia. 

"[Durov] Não deu ouvidos aos conselhos ocidentais para moderar a sua ideia", acrescentou Lavrov, citado pela agência de notícias Reuters.

Durov, que também tem nacionalidade francesa e dos Emirados Árabes Unidos (EAU), foi presente perante a justiça gaulesa num processo que inclui 12 acusações relacionadas com a divulgação através do Telegram - plataforma que conta com quase mil milhões de utilizadores - de conteúdos criminosos relacionados com tráfico de droga, pornografia infantil e burlas.

A lista de crimes inclui a cumplicidade na administração de uma plataforma 'online' para permitir transações ilícitas por parte de gangues organizados; a recusa em cooperar com as autoridades através da partilha de documentos ou informações necessárias para evitar atos ilegais; e a cumplicidade em fraudes e tráfico de droga.

O bilionário de origem russa, de 39 anos, foi detido a 23 de agosto após aterrar num avião privado no aeroporto privado de Le Bourget, perto de Paris. Dias depois foi libertado sob um controlo judicial que prevê um depósito de cinco milhões de euros, a obrigação de comparecer duas vezes por semana numa esquadra e a proibição de sair do território francês.

Leia Também: Macron "assume plenamente" concessão de nacionalidade a fundador do Telegram

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