"Um bombista suicida do Estado Islâmico conseguiu aproximar-se na segunda-feira da sede do gabinete do procurador-geral (dos talibãs), no distrito de Darul Aman", no sudoeste da capital afegã, "quando os funcionários estavam a sair", divulgou a agência de notícias AMAQ, ligada ao EI.
"A seguir, [o bombista] detonou o seu cinto explosivo" no meio da multidão para "vingar os muçulmanos detidos nas prisões talibãs, especialmente após a sua transferência para a tristemente célebre prisão de Bagram", a antiga base norte-americana perto de Cabul, acrescentou a AMAQ.
O EI garantiu ter matado e ferido "mais de 45 pessoas", entretanto, as autoridades talibãs afirmaram hoje que houve seis mortos e 13 feridos no atentado suicida ocorrido na tarde de segunda-feira.
No mês passado, o porta-voz do Governo talibã, Zabihullah Mujahid, disse numa entrevista à agência de notícias AFP que Cabul tinha "esmagado o EI".
"Já não existe nenhum grupo desse tipo que represente uma ameaça para alguém no Afeganistão", garantiu Mujahid.
No entanto, o Afeganistão ainda é regularmente abalado por ataques do EI, ou pelo seu braço regional, o Estado Islâmico -- Província de Khorasan (EI-K).
Um ataque suicida foi reivindicado pelo EI em 21 de março, em Kandahar (sul), um local histórico dos talibãs, e fez três mortos, segundo fontes oficiais.
No entanto, uma fonte hospitalar informou à AFP que houve 20 mortos, na sua maioria funcionários públicos presentes em frente às instalações de um banco.
Mais recentemente, o EI assumiu a responsabilidade por um ataque com bomba que fez pelo menos um morto e uma dúzia de feridos num bairro predominantemente xiita de Cabul, em meados de agosto.
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