TPI anula processo contra líder do Hamas morto em julho no Irão
O Tribunal Penal Internacional (TPI) anunciou hoje ter anulado o processo contra Ismail Haniyeh, o antigo líder político do Hamas morto no Irão a 31 de julho num atentado atribuído a Israel.
© Getty Images
Mundo Médio Oriente
O Gabinete do Procurador, que em maio tinha solicitado mandados de captura para responsáveis israelitas - incluindo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu - e para o Hamas, retirou o seu pedido "devido à alteração das circunstâncias causada pela morte de Haniyeh", segundo um documento do TPI.
Os juízes puseram "termo às acusações" contra o antigo líder político do Hamas, incriminado, juntamente com dois outros líderes do movimento islamista palestiniano, de crimes de guerra e crimes contra a humanidade em Gaza e Israel durante o ataque de 07 de outubro.
O procurador do TPI Karim Khan tinha pedido a emissão de mandados de captura para responsáveis israelitas, bem como para Yahya Sinouar, chefe do Hamas na Faixa de Gaza, Ismail Haniyeh, chefe do movimento islamista, e Mohammed Deif, chefe das brigadas al-Qassam, o braço armado do Hamas.
As acusações contra os líderes do Hamas incluem "extermínio como um crime contra a humanidade", "tomada de reféns como um crime de guerra", "violação e outras formas de violência sexual" e "tortura".
Haniyeh foi morto em Teerão num atentado atribuído a Israel, que não reivindicou a responsabilidade. O Hamas nomeou Sinouar como substituto.
Israel anunciou que a 13 de julho um ataque no sul de Gaza matou Deif.
Netanyahu e o ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, são acusados de crimes de guerra e crimes contra a humanidade em Gaza, tais como "matar deliberadamente civis à fome", "exterminá-los" e "dirigir intencionalmente ataques contra uma população civil".
O atual conflito em Gaza foi desencadeado com um ataque sem precedentes do Hamas em 07 de outubro a Israel, que resultou em cerca de 1.200 mortos e perto de 250 reféns.
Em resposta, as forças israelitas lançaram uma ofensiva na Faixa de Gaza que provocou em mais de 40.800 mortos e 94 mil feridos.
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