Timor/Papa: Missa termina em recinto bem organizado
O secretário-geral da Cruz Vermelha de Timor-Leste elogiou a organização do recinto que acolheu hoje centenas de milhares de pessoas que assistiram a uma missa do Papa Francisco, mas pediu, para próximos grandes eventos, mais casas de banho.
© TIZIANA FABI/AFP via Getty Images
Mundo Timor/Papa
Luís Pedro Pinto fez à Lusa um balanço do evento, o maior e mais importante de uma visita de três dias do Papa a Timor-Leste, considerou a organização do espaço boa, disse que as casas de banho até foram suficientes, mas concluiu com um conselho: façam mais, é preciso mais.
A Cruz Vermelha, com cerca de 550 voluntários espalhados pelo recinto e 20 postos móveis de saúde, assistiu até à tarde de hoje mais de 300 pessoas, especialmente mulheres e crianças e devido a desidratação.
"As pessoas aqui quatro horas de pé, está muito calor, há casos de desmaios, de as pessoas perderem as forças", justificou, explicando que não houve até agora casos graves ou que necessitassem de hospitalização. As ambulâncias, disse, não foram usadas.
A Lusa testemunhou alguns casos de pessoas que se sentiram mal e que foram rapidamente assistidas pelos voluntários da Cruz Vermelha.
Luís Pedro Pinto disse que a organização está no local desde domingo, véspera da chegada do Papa, porque nesse dia já havia "muitas pessoas" a dormir no recinto, um enorme campo chamado Tasi Tolu onde foi feita em 2002 a cerimónia da restauração da independência do país.
E, acrescentou, permanece até quinta-feira, um dia após a saída do Papa Francisco, para acompanhar os peregrinos aos seus municípios.
À Lusa o responsável salientou que "99% dos timorenses são católicos" e que para todos é "muita alegria receber o Papa", especialmente porque hoje Timor-Leste é um país livre e não "controlado por miliares da Indonésia" como em 1989, aquando da curta visita de João Paulo II.
A missa de Tasi Tolu foi o ponto alto da visita do Papa e apesar de juntar muitos milhares de pessoas, muitas viajando a pé, decorreu com normalidade. No recinto, foi constante a distribuição de água e a maioria dos peregrinos tinha um guarda-sol com as cores da Santa Sé, branco e amarelo.
No exterior do recinto fechado, por onde se entrava através de várias portas com detetores, também circulavam muitas pessoas, dentro e fora sempre com água como única bebida.
Agostinho Pereira, do apoio logístico ao recinto, garantiu que não houve qualquer problema durante a tarde de hoje e que a água foi distribuída quando foi preciso.
"Foi muito bem organizado ao longo dos últimos dias. As pessoas estão muito satisfeitas", disse.
O Papa chegou a Tasi Tolu às 16h10 e saiu às 19h15, depois da missa e de passar entre os timorenses de carro, por vias desimpedidas desenhadas de forma a que a área fosse dividida por recintos retangulares dento dos quais estavam as pessoas.
A missa foi a última aparição pública de hoje do Papa, que termina na quarta-feira a visita a Timor-Leste com um encontro com jovens timorenses.
Depois do encontro, no Centro de Convenções de Díli, o Papa deixa Timor-Leste às 11h15 locais (03h15 em Portugal) com destino a Singapura, a última etapa de uma visita a quatro países da Ásia-Pacífico, a mais longa do seu pontificado e que termina na sexta-feira.
*** O jornalista viajou para Timor-Leste a convite das autoridades timorenses ***
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