"Um grande número de soldados das Forças de Defesa de Israel (IDF) e o Shin Bet estão a operar em Tulkarem contra infraestruturas terroristas, no âmbito da operação no norte da Judeia e Samaria -- o nome bíblico da Cisjordânia", declarou o Exército israelita num breve comunicado.
A operação, denominada "Acampamentos de verão", foi lançada a 28 de agosto com uma série de ataques em Tulkarem, Tubas e Jenin, de onde as forças israelitas se retiraram na sexta-feira passada.
No entanto, o Exército afirmou que vai prosseguir as operações, embora até agora não se tenham registado novas incursões em grande escala.
O Ministério da Saúde, ligado à Autoridade Palestiniana, cifrou em 39 o número de mortos e em cerca de 150 os feridos na Cisjordânia desde o início da referida operação de segurança -- sete dos quais em Tulkarem -, a de maior envergadura em mais de duas décadas, desde o fim da Segunda Intifada, em 2002.
Israel intensificou as suas operações na Cisjordânia após o ataque perpetrado em território israelita, a 07 de outubro do ano passado, pelo movimento islamita palestiniano Hamas e por outras milícias palestinianas, que causaram a morte de 1.194 pessoas, na maioria civis, e sequestraram 251.
Contudo, já nos nove anteriores meses de 2023, a região tinha registado o maior número de mortos às mãos das tropas israelitas até à data.
Segundo as autoridades palestinianas, desde 07 de outubro foram mortas na Cisjordânia pelas forças israelitas e em ataques de colonos 690 pessoas e cerca de 5.700 ficaram feridas, ao passo que mais de 41.000 palestinianos foram mortos e cerca de 95.000 feridos na guerra de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza.
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