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Serviços de informações israelitas dizem ter evitado atentado contra ex-oficial

O Serviço de Segurança Interna de Israel (Shin Bet) disse hoje que frustrou um atentado do grupo xiita libanês Hezbollah para matar um ex-oficial da agência usando um dispositivo programado acionado remotamente a partir do Líbano.

Serviços de informações israelitas dizem ter evitado atentado contra ex-oficial
Notícias ao Minuto

21:11 - 17/09/24 por Lusa

Mundo Médio Oriente

O ataque planeado visava o ex-oficial nos próximos dias, informou o Shin Bet em comunicado enviado à agência France Presse (AFP) pelo Exército israelita, no dia em que explosões simultâneas de 'pagers' no Líbano mataram pelo menos nove pessoas e deixaram cerca de 2.800 feridas, 200 das quais com gravidade.

 

"Como parte da operação, a ISA (Shin Bet) descobriu um dispositivo explosivo Claymore, conhecido por ser utilizado pelo Hezbollah, tendo como alvo um indivíduo de alto nível", refere o comunicado.

"O dispositivo estava equipado com um mecanismo de ativação remota, uma câmara e tecnologia celular que permitia a sua ativação pelo Hezbollah do Líbano", segundo a agência de segurança israelita.

O Shin Bet não revelou o nome do antigo responsável visado nem adiantou pormenores, mas sublinhou que os seus agentes impediram o ataque "na fase final da sua execução".

A entidade disse ainda que este tipo de dispositivos já tinha sido utilizado pelo grupo libanês pró-iraniano em 15 de setembro de 2023 no Parque Yarkon, em Telavive, para atingir um alto funcionário israelita.

"Os agentes do Hezbollah envolvidos neste último incidente também estiveram por trás do ataque de setembro de 2023", disse o Shin Bet.

Este anúncio ocorreu antes da explosão simultânea, hoje em Beirute e noutras partes do Líbano, de uma série de 'pagers' utilizados pelo Hezbollah em todo o país.

As autoridades libanesas e o Hezbollah responsabilizaram Israel, que não assumiu a autoria do ataque, que também atingiu o embaixador do Irão em Beirute, que ficou com ferimentos ligeiros, e membros do movimento libanês presentes na Síria.

De acordo com o ministro das Telecomunicações do Líbano, Johanny Corn, os 'pagers', que explodiram após as baterias aquecerem, faziam parte de um carregamento que "chegou recentemente" ao país.

"Talvez tenham sido ativados remotamente, mas não sabemos como", disse Corn, acrescentando que é mais provável que os 'pagers' tenham sido introduzidos no Líbano para este fim.

Israel está envolvido numa intensa troca de tiros com o grupo libanês desde 08 de outubro, quando o Hezbollah começou a lançar ataques em solidariedade com o grupo islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.

Há uma semana, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse que as missões das forças de Telavive na Faixa de Gaza estão quase cumpridas e que o foco estava a mudar para a fronteira com o Líbano, onde o constante fogo cruzado com o Hezbollah obrigou cerca de 60.000 pessoas a fugir das suas casas.

Nestes onze meses de troca de tiros, morreram mais de 650 pessoas em ambos os lados da fronteira, a maioria do lado libanês e nas fileiras do Hezbollah, que confirmou cerca de 400 vítimas, algumas também na Síria.

Em Israel, 50 pessoas morreram no norte: 24 soldados e 26 civis, incluindo 12 menores, num ataque nos Montes Golã ocupados na Síria.

Leia Também: Israel sem alterações de orientações militares após explosões no Líbano

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