China defende que acabar ocupação de Gaza "não é opção, mas sim obrigação"

A China defendeu hoje que o fim da ocupação de Gaza por Israel "não é uma opção, mas uma obrigação", em resposta à recente resolução da Assembleia Geral da ONU sobre os territórios palestinianos.

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© Abed Rahim Khatib/Anadolu via Getty Images

Lusa
19/09/2024 11:24 ‧ 19/09/2024 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

O porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian, afirmou que "a ocupação deve terminar" e que o cessar-fogo é um "consenso internacional".

 

Lin referiu que o conflito em Gaza dura há um ano, apesar de quatro reuniões especiais de urgência da Assembleia Geral e das resoluções do Conselho de Segurança e do Tribunal Internacional de Justiça.

Apesar dos repetidos apelos da comunidade internacional para o fim das hostilidades, "o fogo em Gaza continua", agravando a crise humanitária com um aumento diário de vítimas civis.

"O cessar-fogo não é exigência de um país, mas sim um consenso internacional", acrescentou.

A resolução, apresentada em primeiro lugar pela Palestina, foi adotada na quarta-feira com 124 votos a favor, 14 contra, incluindo os Estados Unidos e Israel, e 43 abstenções.

Israel atacou a Faixa de Gaza para destruir o grupo islamita Hamas, responsável pelos ataques de 07 de outubro de 2023 em solo israelita, que fizeram cerca de 1.200 mortos, a maioria civis, e em que foram raptadas mais de duas centenas de pessoas.

O Hamas afirma que a retalização israelita já fez mais de 41.000 mortos em Gaza.

O país asiático manifestou o seu apoio e instou Israel a suspender as operações militares e as atividades de colonização na Cisjordânia.

Pequim comprometeu-se a continuar a desempenhar um "papel ativo e construtivo" na "promoção da paz e de uma solução justa e duradoura" para o conflito palestiniano, mantendo a comunicação com todas as partes.

A China reiterou em várias ocasiões o seu apoio à "solução dos dois Estados", manifestando a sua "consternação" face aos ataques israelitas contra civis em Gaza, e os seus funcionários realizaram várias reuniões com representantes de países árabes e muçulmanos para reafirmar esta posição ou procurar fazer avançar as negociações de paz.

Leia Também: Ataques no Líbano não vieram na melhor altura, diz inteligência israelita

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