O porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian, afirmou que "a ocupação deve terminar" e que o cessar-fogo é um "consenso internacional".
Lin referiu que o conflito em Gaza dura há um ano, apesar de quatro reuniões especiais de urgência da Assembleia Geral e das resoluções do Conselho de Segurança e do Tribunal Internacional de Justiça.
Apesar dos repetidos apelos da comunidade internacional para o fim das hostilidades, "o fogo em Gaza continua", agravando a crise humanitária com um aumento diário de vítimas civis.
"O cessar-fogo não é exigência de um país, mas sim um consenso internacional", acrescentou.
A resolução, apresentada em primeiro lugar pela Palestina, foi adotada na quarta-feira com 124 votos a favor, 14 contra, incluindo os Estados Unidos e Israel, e 43 abstenções.
Israel atacou a Faixa de Gaza para destruir o grupo islamita Hamas, responsável pelos ataques de 07 de outubro de 2023 em solo israelita, que fizeram cerca de 1.200 mortos, a maioria civis, e em que foram raptadas mais de duas centenas de pessoas.
O Hamas afirma que a retalização israelita já fez mais de 41.000 mortos em Gaza.
O país asiático manifestou o seu apoio e instou Israel a suspender as operações militares e as atividades de colonização na Cisjordânia.
Pequim comprometeu-se a continuar a desempenhar um "papel ativo e construtivo" na "promoção da paz e de uma solução justa e duradoura" para o conflito palestiniano, mantendo a comunicação com todas as partes.
A China reiterou em várias ocasiões o seu apoio à "solução dos dois Estados", manifestando a sua "consternação" face aos ataques israelitas contra civis em Gaza, e os seus funcionários realizaram várias reuniões com representantes de países árabes e muçulmanos para reafirmar esta posição ou procurar fazer avançar as negociações de paz.
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