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Israel anuncia novos ataques contra posições do Hezbollah no Líbano

O exército israelita anunciou hoje novos ataques aéreos contra posições do Hezbollah no Líbano, na sequência de um bombardeamento mortífero que visa o movimento islamita na capital libanesa, Beirute.

Israel anuncia novos ataques contra posições do Hezbollah no Líbano
Notícias ao Minuto

21/09/24 12:49 ‧ Há 2 Horas por Lusa

Mundo Médio Oriente

"O exército israelita está a atacar posições pertencentes à organização terrorista do Hezbollah no Líbano", revela o exército israelita num comunicado, lembrando que, nos ataques semelhantes de sexta-feira, foram mortos pelo menos 16 combatentes do movimento islamita.

 

O Hezbollah confirmou hoje que dois dos seus comandantes morreram no ataque israelita de sexta-feira, perto de Beirute, bem como a morte de 16 membros da força de elite, admitindo ter sofrido um novo golpe.

Após as explosões dos equipamentos de transmissão, a ONU, "profundamente preocupada", apelou na sexta-feira ao "desanuviamento" e à "máxima contenção", à medida que a linha da frente da guerra na Faixa de Gaza se desloca para o Líbano.

Uma fonte próxima do movimento anunciou hoje que o ataque israelita tinha como alvo uma reunião numa cave da força de elite do Hezbollah, a unidade de elite al-Radwan.

Entre eles, Ibrahim Aqil, o chefe desta unidade, e outro comandante sénior da unidade de elite, segundo o Hezbollah.

O comandante era Ahmed Mahmoud Wahbi, que até ao início deste ano tinha liderado as operações militares da unidade de Radwan em apoio ao Hamas palestiniano, que trava uma guerra contra Israel na Faixa de Gaza desde 07 de outubro de 2023, disse hoje o movimento xiita apoiado pelo Irão.

Após as explosões de terça e quarta-feira, atribuídas a Israel, de engenhos de transmissão utilizados por membros do Hezbollah, que mataram 37 pessoas e feriram 2.931 em todo o Líbano, as trocas de tiros intensificaram-se desde quinta-feira entre o exército israelita e o movimento islamita.

Quinta-feira, o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, afirmou que Israel iria receber um "castigo terrível" após as duas vagas de explosões.

Hoje de manhã, o exército israelita também atacou uma escola que acolhe refugiados na Cidade de Gaza provocou, segundo os dados mais recentes avançados pelo Ministério da Saúde do Hamas, 19 mortos, todos civis -- 13 crianças e seis mulheres, uma delas grávida -- bem como mais de três dezenas de feridos.

O exército de Israel indicou que o ataque tinha como alvo combatentes do movimento islâmico palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.

Segundo o porta-voz da Defesa Civil de Gaza, Mahmoud Baçal, milhares de pessoas deslocadas pela guerra encontraram refúgio neste estabelecimento de ensino.

Segundo uma fonte médica do Hospital Baptista, em Gaza, até ao momento chegaram à morgue 17 corpos, a maioria de crianças e mulheres.

Várias pessoas ainda estão desaparecidas e as equipas de resgate estão a trabalhar para tentar encontrar sobreviventes nos escombros do edifício de três andares, atingidos por dois mísseis disparados por caças 'F16' israelitas.

Em declarações à agência noticiosa espanhola EFE, fontes adiantaram tratar-se de um complexo escolar que contém três escolas da agência da ONU para os refugiados palestinianos no Médio Oriente (UNRWA) na cidade de Gaza. O alvo israelita era a terceira escola chamada Al Zaytoon C, no sul da capital de Gaza.

De acordo com um comunicado militar, o Exército israelita realizou "um ataque preciso" contra militantes do Hamas que planeavam ataques dentro da escola, agora convertida num "centro de comando e controlo do Hamas na Cidade de Gaza".

"Antes do ataque, foram tomadas inúmeras medidas para mitigar o risco de danos aos civis, incluindo o uso de munições precisas, vigilância aérea e inteligência adicional", acrescenta o texto.

Israel bombardeia regularmente escolas onde pessoas deslocadas se refugiam, alegando que também servem de esconderijo para militantes do Hamas. Desde outubro, mais de 500 centros educativos foram atacados no devastado enclave palestiniano.

A guerra no território palestiniano eclodiu a 07 de outubro de 2023, quando os comandos do Hamas levaram a cabo um ataque sem precedentes em solo israelita, que provocou a morte de 1.205 pessoas, na sua maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em números oficiais israelitas, que incluem reféns mortos ou mortos em cativeiro na Faixa de Gaza.

Das 251 pessoas raptadas durante o ataque, 97 continuam detidas em Gaza, 33 das quais foram declaradas mortas pelo exército.

Com mais 119 mortes nas últimas 72 horas, mais de 41.391 palestinianos foram mortos e 95.760 feridos na ofensiva israelita lançada em retaliação contra a Faixa de Gaza, a maioria dos quais civis, segundo os dados mais recentes divulgados hoje pelo Ministério da Saúde do governo do Hamas em Gaza, considerados fiáveis pela ONU.

Leia Também: Ataque israelita a escola em Gaza causa 17 mortos, oito delas crianças

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