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Bissau defende poder da educação e juventude para futuro mais próspero

A Guiné-Bissau enalteceu hoje nas Nações Unidas (ONU) o poder da educação para garantir um futuro mais próspero, defendendo que sejam dadas oportunidades e ferramentas aos jovens, para que possam contribuir plenamente para as sociedades em que estão inseridos.

Bissau defende poder da educação e juventude para futuro mais próspero
Notícias ao Minuto

22/09/24 23:47 ‧ Há 2 Horas por Lusa

Mundo Guiné-Bissau

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau, Carlos Pinto Pereira, discursou hoje na "Cimeira do Futuro", na sede da ONU, em Nova Iorque, onde deu um grande ênfase à necessidade de envolver os jovens nos processos de tomada de decisão e garantir que as suas vozes sejam ouvidas e valorizadas.

 

Apesar de descrever a Guiné-Bissau como um país em desenvolvimento com "pobreza significativa, com insegurança alimentar" e com "o impacto das mudanças climáticas a afetar diariamente" a população, o governante disse acreditar que, com o apoio da comunidade internacional, podem ser implementadas soluções inovadoras que beneficiarão não apenas o seu Estado, como "toda a região e o mundo".

"A educação é a base para construir um futuro mais próspero. Investir numa educação de qualidade para todos é essencial para capacitar a nossa população e promover o desenvolvimento sustentável. Precisamos de garantir que todas as crianças e jovens tenham acesso a uma educação que possa prepará-los para o futuro", defendeu Carlos Pinto Pereira.

"Os jovens são a força do nosso futuro. Os jovens de hoje são os líderes de amanhã e é crucial que lhes demos as oportunidades e as ferramentas para que possam contribuir plenamente para as sociedades. [...] As decisões que tomamos hoje têm impacto nas gerações futuras. É nossa responsabilidade garantir que deixamos um mundo melhor para nossos filhos e netos", acrescentou.

Nesse sentido, o ministro defendeu a adoção de políticas que apoiem a sustentabilidade ambiental, mas também a sustentabilidade social e económica, e que garantam que as gerações futuras possam viver "num mundo melhor, com justiça e paz".

Perante dezenas de chefes de Estado, de Governo e ministros que marcaram presença no primeiro dia da Cimeira do Futuro, Carlos Pinto Pereira considerou este evento - projetado em 2021 pelo secretário-geral da ONU, António Guterres - "um ponto de viragem" para instituições mais inclusivas e representativas, mas também para garantir que ninguém é "deixado para trás e que todos os países, independentemente do seu tamanho e crescimento económico, possam ter uma palavra a dizer" sobre o futuro comum.

"A Guiné-Bissau está comprometida com a sua parte e estamos a trabalhar fortemente para fortalecer as nossas instituições, promover a paz e estabilidade e implementar políticas que possam promover o desenvolvimento sustentável", admitiu o ministro.

No entanto, reconheceu que o país africano não conseguirá atingir essas metas sozinho.

"Precisamos de apoio contínuo da comunidade internacional e das Nações Unidas para atingir os nossos objetivos. [...] A Guiné-Bissau está pronta para cooperar e contribuir para esse esforço global", salientou.

Carlos Pinto Pereira foi um dos líderes mundiais a discursar hoje no arranque da "Cimeira do Futuro", na sequência da adoção de três acordos históricos que visam construir um futuro melhor para a humanidade: "Pacto para o Futuro", "Pacto Digital Global" e a "Declaração sobre as Gerações Futuras".

A "Cimeira do Futuro" termina na segunda-feira, véspera do início do debate anual da Assembleia-Geral da ONU, que arrancará na terça-feira e terá como pano de fundo conflitos como os da Ucrânia, Gaza ou Sudão, mas também os atrasos nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e a crise climática.

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