Japão envia alto funcionário à China por esfaqueamento fatal de um rapaz

O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros do Japão vai discutir hoje com as autoridades chinesas, em Pequim, o esfaqueamento fatal de um rapaz de 10 anos no sul da China, anunciou a diplomacia japonesa.

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Lusa
23/09/2024 09:14 ‧ 23/09/2024 por Lusa

Mundo

Crime

Yoshifumi Tsuge vai visitar Pequim "para tratar da morte de uma criança na Escola Japonesa de Shenzhen", informou o ministério num comunicado difundido no domingo.

 

Após o ataque da semana passada na cidade de Shenzhen, no sul da China, o primeiro-ministro Fumio Kishida exigiu uma explicação e instou a China a garantir a segurança dos cidadãos japoneses.

Pequim expressou "pesar e tristeza" pelo que chamou um incidente isolado que "poderia acontecer em qualquer país".

A ministra dos Negócios Estrangeiros do Japão, Yoko Kamikawa, está também a organizar um encontro com o seu homólogo chinês em Nova Iorque, durante a visita de ambos aos Estados Unidos, segundo a emissora pública NHK.

A imprensa japonesa referiu que o rapaz tinha 10 anos e era de nacionalidade japonesa e vivia em Shenzhen.

A polícia deteve um homem de 44 anos suspeito de ter esfaqueado a criança.

Embora não seja claro se teve motivações políticas, o ataque ocorreu em 18 de setembro, o aniversário do "incidente de Mukden" ou "incidente da Manchúria" de 1931, que é conhecido na China como um dia de humilhação nacional e marca o início da invasão japonesa do país.

Em junho, uma mãe e uma criança japonesas ficaram feridas num outro ataque com faca em Suzhou, perto de Xangai, que o Ministério dos Negócios Estrangeiros da China descreveu na altura como um "incidente isolado".

Uma mulher chinesa de 55 anos morreu ao tentar deter o agressor e foi homenageada pelo Governo local após a sua morte.

As relações entre os dois países têm-se agravado à medida que a China se torna mais assertiva nas disputas territoriais na região e que o Japão reforça os laços de segurança com os Estados Unidos e os seus aliados.

Mas Pequim anunciou na semana passada que iria "retomar gradualmente" a importação de marisco do Japão, após uma proibição em agosto do ano passado devido à libertação de água da central nuclear de Fukushima.

Na semana passada, o Japão afirmou que um porta-aviões chinês navegou pela primeira vez entre duas ilhas japonesas perto de Taiwan.

Tóquio classificou o incidente como "totalmente inaceitável", enquanto a China afirmou ter respeitado o direito internacional.

Leia Também: Pelo menos seis mortos em inundações e aluimentos de terra no Japão

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