Yoshifumi Tsuge vai visitar Pequim "para tratar da morte de uma criança na Escola Japonesa de Shenzhen", informou o ministério num comunicado difundido no domingo.
Após o ataque da semana passada na cidade de Shenzhen, no sul da China, o primeiro-ministro Fumio Kishida exigiu uma explicação e instou a China a garantir a segurança dos cidadãos japoneses.
Pequim expressou "pesar e tristeza" pelo que chamou um incidente isolado que "poderia acontecer em qualquer país".
A ministra dos Negócios Estrangeiros do Japão, Yoko Kamikawa, está também a organizar um encontro com o seu homólogo chinês em Nova Iorque, durante a visita de ambos aos Estados Unidos, segundo a emissora pública NHK.
A imprensa japonesa referiu que o rapaz tinha 10 anos e era de nacionalidade japonesa e vivia em Shenzhen.
A polícia deteve um homem de 44 anos suspeito de ter esfaqueado a criança.
Embora não seja claro se teve motivações políticas, o ataque ocorreu em 18 de setembro, o aniversário do "incidente de Mukden" ou "incidente da Manchúria" de 1931, que é conhecido na China como um dia de humilhação nacional e marca o início da invasão japonesa do país.
Em junho, uma mãe e uma criança japonesas ficaram feridas num outro ataque com faca em Suzhou, perto de Xangai, que o Ministério dos Negócios Estrangeiros da China descreveu na altura como um "incidente isolado".
Uma mulher chinesa de 55 anos morreu ao tentar deter o agressor e foi homenageada pelo Governo local após a sua morte.
As relações entre os dois países têm-se agravado à medida que a China se torna mais assertiva nas disputas territoriais na região e que o Japão reforça os laços de segurança com os Estados Unidos e os seus aliados.
Mas Pequim anunciou na semana passada que iria "retomar gradualmente" a importação de marisco do Japão, após uma proibição em agosto do ano passado devido à libertação de água da central nuclear de Fukushima.
Na semana passada, o Japão afirmou que um porta-aviões chinês navegou pela primeira vez entre duas ilhas japonesas perto de Taiwan.
Tóquio classificou o incidente como "totalmente inaceitável", enquanto a China afirmou ter respeitado o direito internacional.
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