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Alemanha pede fim da "dramática escalada" entre Israel e Líbano

A ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock, expressou a sua preocupação com a escalada de violência entre Israel e o Líbano, onde o número de mortos nos bombardeamentos israelitas de hoje subiu para 356.

Alemanha pede fim da "dramática escalada" entre Israel e Líbano
Notícias ao Minuto

23/09/24 22:02 ‧ Há 2 Horas por Lusa

Mundo Médio Oriente

"A dramática escalada de violência na fronteira entre Israel e o Líbano é chocante, especialmente os relatos de civis mortos, incluindo crianças", destacou, numa mensagem na rede social X.

 

"Para a 'linha azul' [fronteira entre Israel e Líbano] é necessária uma solução em linha com a resolução 1701 das Nações Unidas. A lógica do golpe e do contra-golpe tem consequências catastróficas para a região. A desescalada de ambas as partes é a tarefa do momento", frisou.

Os intensos ataques do Exército israelita contra o movimento xiita libanês Hezbollah fizeram hoje pelo menos 356 mortos, entre os quais 24 crianças, e mais de 1.240 feridos no sul e leste do Líbano, segundo as autoridades libanesas.

Entretanto, o grupo alemão Lufthansa prolongou hoje a suspensão de todos os voos para Telavive e Teerão até, pelo menos, 14 de outubro inclusive, em consequência da situação volátil na região.

Ao fim da tarde, o Exército israelita declarou ter atingido 1.300 alvos do Hezbollah nas últimas 24 horas, que dispara 'rockets' contra Israel há quase um ano, em apoio ao Hamas palestiniano, que trava uma guerra contra Israel na Faixa de Gaza, com consequências catastróficas para a população civil daquele território.

"Estamos essencialmente a alvejar as infraestruturas de combate", afirmou o chefe do Estado-Maior do Exército de Israel, o general Herzi Halevi, acrescentando que o Exército está a "preparar-se para as fases seguintes" da operação.

O Exército anunciou novos ataques "em grande escala" no vale de Bekaa, um bastião do Hezbollah no leste do Líbano, cujos habitantes, tal como os do sul, foram instados, através de mensagens digitais, a afastar-se de instalações que funcionem como depósitos de armamento do movimento xiita libanês.

O Hezbollah, por seu lado, afirmou ter retaliado com dezenas de 'rockets' disparados para o norte de Israel, precisando que tinham como alvo os "principais paióis" do Exército na zona, bem como um quartel militar.

O fogo cruzado entre Israel e o Hezbollah - que prometeu continuar a atacar Israel "até ao fim da agressão em Gaza", abrindo uma segunda frente de batalha na região para o Exército israelita - aumentaram de intensidade desde a vaga de explosões simultâneas de equipamentos de comunicação (primeiro, 'pagers' e, depois, 'walkie-talkies'), atribuídas a Israel, que em todo o Líbano fizeram 39 mortos e quase 3.000 feridos, a 17 e 18 de setembro, segundo as autoridades libanesas.

Na sexta-feira, o bombardeamento israelita de um edifício nos subúrbios do sul de Beirute matou 16 membros da força de elite do Hezbollah, incluindo o seu líder, Ibrahim Aqil. O balanço total foram 45 vítimas mortais, incluindo civis, de acordo com as autoridades libanesas.

Trata-se dos piores confrontos entre Israel e o Hezbollah desde a guerra de 2006, que se intensificaram este verão, após um ataque que matou 12 crianças nos Montes Golã, ocupados por Israel desde 1967.

Leia Também: Turquia e Egito pedem que Conselho de Segurança da ONU trave "escalada"

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