Dois funcionários do ACNUR mortos em ataques israelitas no Líbano
O alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados, Filippo Grandi, afirmou hoje que os ataques aéreos israelitas no Líbano estão a matar "implacavelmente" centenas de pessoas, lamentando a morte de dois funcionários da agência que lidera.
© BRYAN R. SMITH/AFP via Getty Images
Mundo Tensão no Médio Oriente
"Os ataques aéreos israelitas no Líbano ceifam agora incansavelmente centenas de vidas de civis. E estou muito triste em confirmar que dois colegas do ACNUR [Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados] também foram mortos ontem [segunda-feira]", escreveu Grandi na rede social X.
"Em nome de todos nós do ACNUR, as mais sinceras condolências às suas famílias, amigos e colegas", acrescentou.
Israel intensificou os ataques contra o Líbano, em particular o sul e leste do país, na segunda-feira, que fizeram mais de 500 mortos e 1.835 feridos, segundo as autoridades libanesas, no dia mais violento desde o conflito entre Telavive e o grupo xiita libanês Hezbollah em 2006.
Os bombardeamentos visaram "cerca de 1.600 alvos terroristas", segundo o Exército israelita, no sul do Líbano e no vale do Bekaa, a leste, bastiões do Hezbollah (Partido de Deus).
As hostilidades na região eclodiram depois de o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) e outras fações palestinianas terem lançado uma série de ataques contra Israel, a 07 de outubro do ano passado, que causaram cerca de 1.200 mortos e mais de 250 reféns.
O Exército israelita lançou então uma campanha militar contra Gaza que, até ao momento, fez mais de 41.400 mortos, além de mais de 700 palestinianos mortos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.
Os ataques de 07 de outubro de 2023 levaram também à abertura de outra linha da frente na fronteira entre Israel e o Líbano, com combates constantes durante mais de 11 meses.
Além disso, os rebeldes Huthis, do Iémen, e as milícias pró-iranianas no Iraque lançaram mísseis e 'drones' contra Israel - que efetuou bombardeamentos em território libanês, sírio e iemenita.
Leia Também: Número de deslocados na África Ocidental e Central duplicou desde 2019
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com