Hezbollah avisa para "grande perigo" de códigos QR em panfletos israelitas
O grupo xiita libanês Hezbollah aconselhou hoje os habitantes a não lerem com os telemóveis os códigos QR impressos em panfletos lançados por Israel, alegando que permite a recolha de informações dos aparelhos.
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Mundo Tensão no Médio Oriente
"O inimigo sionista está a lançar panfletos com um código QR (que contém informação que é lida pelo telemóvel) no vale do Bekaa e poderá lançá-los noutras áreas", afirmou o Hezbollah, referindo-se à região no leste do país.
Através da televisão libanesa Al Manar, ligada ao grupo, foi feito um apelo à população, instando à destruição do código, "pois é muito perigoso e retira toda a informação que têm (no telemóvel)".
As autoridades israelitas não comentaram o assunto até agora.
Os folhetos foram lançados num momento em que ocorrem bombardeamentos pelo exército israelita contra o território libanês, que provocou, até ao momento, mais de 550 mortos e mais de 1800 feridos, segundo o último balanço das autoridades libanesas.
Há uma semana, milhares de aparelhos de comunicação - sobretudo "pagers" e "walkie-talkies" - utilizados pelo Hezbollah explodiram de forma coordenada em dois incidentes distintos, causando cerca de 40 mortos e cerca de 3.000 feridos no Líbano.
As hostilidades na região intensificaram-se depois de os islamitas palestinianos do Hamas terem lançado um ataque sem precedentes em território israelita a 07 de outubro, que causou cerca de 1 200 mortos e mais de 250 reféns.
Em resposta, Israel lançou uma ofensiva contra a Faixa de Gaza que matou mais de 41.400 pessoas, além de mais de 700 palestinianos mortos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.
Os atentados de 07 de outubro, apelidados de "Dilúvio de Al Aqsa" pelo Hamas e seus aliados, levaram também à abertura da linha da frente na fronteira entre Israel e o Líbano, onde os combates se prolongam há mais de onze meses.
Os rebeldes Huthis do Iémen e as milícias pró-iranianas no Iraque lançaram mísseis e drones contra Israel - que levou a cabo bombardeamentos em território libanês, sírio e iemenita - em resposta à sua ofensiva contra Gaza.
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