"Dois 'drones' foram detetados a aproximar-se da área de Eilat pelo leste. Um navio de mísseis da Marinha (...) intercetou um drone", informou o Exército em comunicado, indicando que o outro caiu dentro do complexo portuário da cidade, onde provocou dois feridos ligeiros.
A Resistência Islâmica no Iraque, que reúne várias fações armadas pró-iranianas, assumiu a responsabilidade pelo ataque a Eilat, referindo que se tratava de um "alvo estratégico".
"Os combatentes da Resistência Islâmica no Iraque atacaram um alvo estratégico em Eilat na quarta-feira (...) com recurso a 'drones'", refere um comunicado publicado na rede Telegram.
Desde domingo, a Resistência Islâmica no Iraque assumiu a responsabilidade por pelo menos dez ataques contra Israel, segundo declarações publicadas no Telegram, e que se somaram a vários outros nos últimos meses.
A par do ataque a Eilat, as Brigadas Iraquianas do Hezbollah, um influente grupo armado pró-iraniano, apelaram hoje para o aumento e intensificação das operações levadas a cabo contra Israel, num contexto regional explosivo desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em 07 de outubro, entre as forças de Telavive e o movimento islamita palestiniano Hamas.
Desde então, grupos apoiados pelo Irão no Líbano, no Iémen e no Iraque têm dirigido ataques contra território ou interesses israelitas em solidariedade com o Hamas.
Na segunda-feira, Israel iniciou uma intensa campanha de bombardeamentos, sobretudo no sul e leste do Líbano, justificando que está a visar posições do grupo xiita libanês Hezbollah e 'rockets' e mísseis alegadamente escondidos em zonas civis para atacar o território israelita.
Os bombardeamentos, na escala de centenas em três dias, já custaram a vida a mais de 600 pessoas e provocaram a deslocação de dezenas de milhares de libaneses, segundo as autoridades do Líbano.
Desde 07 de outubro, Israel e Hezbollah têm trocado tiros numa base diária, provocando a deslocação de dezenas de milhares de pessoas em ambos os lados da fronteira israelo-libanesa.
Israel intensificou os seus ataques contra o Hezbollah no Líbano, à medida que as autoridades de Telavive anunciaram uma deslocação das operações militares da Faixa de Gaza para o norte do país.
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