O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, reagiu, esta quarta-feira, ao facto de o rei Felipe VI não ter sido convidado para a tomada de posse da nova presidente do México, Claudia Sheinbaum, por ter ignorado um pedido para Espanha se desculpar pela colonização, considerando tratar-se de uma decisão "inexplicável e inaceitável".
Em declarações aos jornalistas, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, Sánchez afirmou que Espanha "não aceita a exclusão" do seu chefe de Estado e, por isso, decidiu não enviar qualquer representante "em sinal de protesto".
Sobre o facto de o rei Felipe VI não ter acedido ao pedido do México, feito em 2019 pelo então presidente Andrés Manuel López Obrador, o primeiro-ministro espanhol defendeu que "Espanha já manifestou a sua posição sobre o assunto".
"Não só eu, mas também o chefe de Estado e o governo no seu conjunto", frisou, lembrando que os dois países são "povos irmãos".
"Sempre expressei ao México, como presidente do governo e secretário-geral do PSOE, a nossa enorme gratidão pelo facto de um grande presidente como Lázaro Cárdenas não só ter acolhido centenas e milhares de espanhóis que fugiam da guerra, da repressão e do regime de Franco, como também ter disponibilizado navios para os trazer", acrescentou, citado pela estação espanhola RTVE.
"Há muitas coisas que unem o México e a Espanha, não só em relação ao passado, mas também em relação ao futuro", destacou ainda.
O rei espanhol ignorou um pedido do México para Espanha se desculpar pela colonização e por isso não foi convidado para a tomada de posse da nova Presidente do país, disse esta quarta-feira a futura chefe de Estado, Claudia Sheinbaum.
Lusa | 18:40 - 25/09/2024
Sublinhe-se que, numa carta enviada em 2019, López Obrador pediu a Felipe VI para, a propósito dos 200 anos da independência do México, Espanha "expressar de maneira pública e oficial o reconhecimento dos danos causados" pela conquista e colonização do atual território mexicano.
"Lamentavelmente, essa missiva nunca mereceu resposta alguma de forma direta, corresponde às melhores práticas diplomáticas das relações bilaterais", escreveu esta quarta-feira, num comunicado, a presidente eleita do México, Claudia Sheinbaum, que toma posse no próximo dia 1 de outubro e assim justificou que não tenha sido enviado um convite a Felipe VI para estar na cerimónia.
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