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Ministros israelitas rejeitam trégua com Hezbollah

O ministro das Finanças israelita, o ultranacionalista Bezalel Smotrich, rejeitou hoje qualquer ideia de um cessar-fogo com o grupo xiita libanês Hezbollah, após um apelo internacional para uma trégua de 21 dias.

Ministros israelitas rejeitam trégua com Hezbollah
Notícias ao Minuto

26/09/24 10:35 ‧ Há 15 Horas por Lusa

Mundo Médio Oriente

"A campanha militar no Norte deve terminar de uma única forma: esmagando o Hezbollah e eliminando a sua capacidade de prejudicar os habitantes do norte de Israel", escreveu Smotrich nas redes sociais, segundo a agência francesa AFP.

 

Numa declaração patrocinada por Estados Unidos e França, a União Europeia (UE) e vários países árabes pediram um "cessar-fogo imediato de 21 dias na fronteira entre o Líbano e Israel para dar uma oportunidade à diplomacia".

A declaração, divulgada na quarta-feira à noite por Washington, foi subscrita por Estados Unidos, França, UE, Austrália, Canadá, Alemanha, Itália, Japão, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Qatar.

O apelo foi divulgado após um recrudescimento dos combates entre Israel e o Hezbollah, grupo que tem o apoio do Irão.

As duas partes têm trocado tiros na fronteira israelo-libanesa desde o início da ofensiva israelita em Gaza, há 11 meses, que foi desencadeada por um ataque do Hamas palestiniano em Israel.

Milhares de residentes dos dois lados da fronteira tiveram de fugir dos locais de residência devido aos combates, que aumentaram significativamente esta semana e levaram ao apelo para uma trégua, dado o receio de um conflito alargado.

"Não se deve dar tempo ao inimigo para recuperar dos golpes violentos que recebeu e para se reorganizar para continuar a guerra ao fim de 21 dias", respondeu hoje Bezalel Smotrich.

"Rendição do Hezbollah ou guerra. Esta é a única maneira de trazer o povo do Norte para casa e trazer segurança para esta região e para todo o país", acrescentou o ministro das Finanças israelita.

Smotrich é um dos principais aliados de extrema-direita da coligação do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

Na mesma linha, a ministra das Missões Nacionais e dos Colonatos, Orit Strock, do partido de Smotrich, disse que "não há mandato moral para um cessar-fogo, nem por 21 dias nem por 21 horas".

"O Hezbollah transformou o Líbano num barril de pólvora", afirmou nas redes sociais, segundo a agência espanhola EFE.

Strock apelou a Netanyahu para que "não repita os erros do passado" e não pare enquanto Israel não resolver a situação militarmente.

Também o ministro do Património, Amichai Eliyahu, afirmou que os esforços para alcançar um cessar-fogo são uma "hipocrisia perigosa".

"Não entregaremos a nossa segurança em troca de uma falsa paz", disse o ministro, membro do partido de extrema-direita Otzma Yehudit.

O líder da oposição, Yair Lapid, defendeu que o Governo deveria aceitar a proposta, mas "apenas por sete dias", para "não permitir que o Hezbollah restabeleça os seus sistemas de comando e controlo".

"Não aceitaremos qualquer proposta que não inclua a eliminação do Hezbollah da nossa fronteira norte", afirmou Lapid nas redes sociais, citado pela EFE.

Lapid defendeu ainda que "qualquer proposta que seja apresentada deve permitir que os residentes do Norte regressem imediatamente e em segurança às suas casas".

Leia Também: Parar a "crise humanitária" no Médio Oriente é "um dever humanitário"

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