Se as eleições gerais se realizassem hoje nos Países Baixos, o Partido da Liberdade (PVV) de Wilders continuaria a ser o partido político com maior peso no Parlamento neerlandês e obteria 44 dos 150 lugares, em comparação com os 37 que obteve nas eleições de novembro, em que um total de 15 partidos conseguiram representação parlamentar.
Os números foram divulgados hoje pelo chamado "Peilingwijzer", uma média ponderada de várias sondagens, noticiou a agência Efe.
Em segundo lugar continuaria a estar a coligação de esquerda formada pelos verdes GroenLinks e pelos sociais-democratas PvdA, liderada pelo antigo vice-presidente da Comissão Europeia Frans Timmermans, que obteria entre 24 e 28 lugares, cerca dos 25 que atualmente ocupam.
De acordo com estes dados, saem a perder alguns dos parceiros do governo de Wilders, que renunciou a chefia do novo executivo para desbloquear o diálogo e formar uma coligação.
O liberal VVD, partido a que pertencia o anterior primeiro-ministro Mark Rutte, ficaria com entre 19 e 23 lugares (têm agora 24), enquanto o NSC, do democrata-cristão Pieter Omtzigt, passaria dos atuais 20 representantes para apenas 3 a 5 lugares, se as eleições legislativas fossem realizadas hoje.
O quarto parceiro do governo, o partido dos agricultores, BBB, ainda mantém cerca de 6 a 8 lugares (tem agora sete).
O executivo neerlandês publicou há duas semanas o seu programa de governo, no qual promete uma "mão dura" em matéria de asilo.
Procura também declarar uma situação de crise que lhe permitirá contornar o Parlamento e solicitar a Bruxelas que o exclua dos regulamentos comunitários sobre migração.
Segundo com este sondagens, para um em cada três eleitores, a imigração e o asilo são as principais razões para votar no partido de extrema-direita, o que explica a posição forte do PVV neste momento, por ser o partido mais associado a políticas fortes nesta matéria.
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