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Primeiro-ministro libanês vê na diplomacia "única saída" para conflito
O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, defendeu este domingo que a diplomacia é a única saída para os ataques israelitas sem precedentes contra o Líbano e apelou para uma solução para o conflito através de fóruns internacionais.
© David Dee Delgado/Reuters
Mundo Médio Oriente
"Desde o início que apelámos à aplicação integral da resolução 1701 [do Conselho de Segurança das Nações Unidas] e o governo está empenhado nessa aplicação", declarou.
"O Líbano tem fé na comunidade internacional, na legitimidade internacional e na ONU, e não acredita na lei do mais forte", acrescentou Mikati durante uma conferência de imprensa em Beirute, citado pela agência espanhola EFE.
Nas últimas duas semanas, Israel lançou uma série de ataques sem precedentes contra os principais redutos do grupo xiita libanês Hezbollah, provocando mais de mil mortos, seis mil feridos e cerca de um milhão de deslocados internos, segundo dados oficiais.
Um dos ataques matou o líder máximo do grupo, Hassan Nasrallah, nos arredores de Beirute, na sexta-feira, bem como outros altos dirigentes do Hezbollah e um general iraniano.
Mikati recordou que o seu governo tem vindo a apelar a um cessar-fogo em Gaza e no Líbano há "sete ou oito meses".
O apelo foi feito muito antes de os combates que começaram há quase um ano entre o Hezbollah e Israel terem resultados recentemente numa onda de violência sem precedentes em décadas, referiu.
"Um cessar-fogo em Gaza levaria a um cessar-fogo no Líbano e as pessoas regressariam às suas casas no norte de Israel, e tudo voltaria ao normal enquanto damos tempo para aplicar a resolução 1701", reiterou o primeiro-ministro.
O Hezbollah insistiu nos últimos meses que só pararia a luta contra Israel quando a guerra de Gaza terminasse, enquanto a comunidade internacional defendia a implementação da resolução do Conselho de Segurança da ONU que encerrou a guerra de 2006 entre as partes.
A resolução 1701 previa, a longo prazo, o desarmamento de todos os grupos armados no Líbano, incluindo o Hezbollah.
A ONU mantém uma força no Líbano (a UNIFIL, na sigla em inglês) no âmbito de uma resolução adotada em 1978, na sequência da invasão do sul do Líbano por Israel.
Leia Também: Irão promete responder a morte de general iraniano no Líbano
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