"Porque estamos no final do segundo ciclo [dois mandatos de cinco anos] ressalto aqui que, em termos de programa quinquenal 2022-2024, cumprimos com a meta estabelecida de construção de número de pontes planificadas e até ao final deste ciclo de governação teremos incrementado o número de pontes construídas em 54 unidades", declarou Filipe Nyusi, ao inaugurar a ponte sobre o rio Metuchira, na estrada Nacional 6 (N6), no distrito de Gôndola, província de Manica.
A ponte, cujas obras começaram há 10 meses, está situada no troço entre a Beira, na província de Sofala, e Machipanda, em Manica, centro de Moçambique, uma importante via para que os países africanos sem acesso ao mar cheguem aos portos da Beira e Nacala (província de Nampula).
Dados oficiais indicam que, em média, cerca de um milhão de viaturas passam anualmente por este troço, 50% dos quais pesados, provenientes de países do interior da África austral, que usam os portos moçambicanos para importar e exportar produtos.
"A estrada é um vetor imprescindível para o desenvolvimento socioeconómico do nosso país e da região África austral", declarou o chefe de Estado moçambicano.
A infraestrutura, implementada no quadro da reconstrução após a destruição provocada pelos ciclones Idai, em 2019, e Eloise, em 2021, custou mais 310 milhões de meticais (4,3 milhões de euros), financiados por fundos próprios da Rede Viária de Moçambique (Revimo), responsável pela construção, conservação e exploração de várias estradas nacionais.
"A Revimo não está aqui para ganhar dinheiro, mas sim para assegurar que as infraestruturas funcionem de forma ininterrupta", frisou Filipe Nyusi, marcando uma das últimas inaugurações no seu mandato de 10 anos como chefe de Estado de Moçambique.
Moçambique realiza em 09 de outubro as sétimas eleições presidenciais, às quais já não concorre Filipe Nyusi, que atingiu o limite constitucional de dois mandatos, em simultâneo com as sétimas legislativas e quartas para assembleias e governadores provinciais.
Mais de 17 milhões de eleitores estão inscritos para votar, incluindo 333.839 recenseados no estrangeiro, segundo dados da Comissão Nacional de Eleições.
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