Mark Rutte, de 57 anos, sucedeu a Jens Stoltenberg, durante uma cerimónia no quartel-general da organização político-militar, em Bruxelas.
A tomada de posse ocorreu pelas 9h30 locais (8h30 em Lisboa).
Mark Rutte é o 14.º secretário-geral da NATO, o quarto oriundo dos Países Baixos.
Na realidade, houve 16 pessoas a encabeçar a organização político-militar desde a sua génese, em 1949, mas os italianos Sergio Balanzino (outubro a dezembro de 1995) e Alessandro Minuto-Rizzo (dezembro de 2003 e janeiro de 2004) ocuparam interinamente o cargo, até ocorrer a transição.
Mark Rutte foi primeiro-ministro dos Países Baixos durante 14 anos e foi confirmado como sucessor de Jens Stoltenberg em 26 de junho deste ano.
O novo secretário-geral da Aliança Atlântica inicia funções numa altura em que as tensões geopolíticas estão no nível mais elevado dos últimos anos.
Não só a guerra na Ucrânia continua, a caminho dos três anos de conflito, sem grandes avanços de parte a parte e sem perspetiva real de um cessar-fogo, como o conflito no Médio Oriente poderá alastrar, com os recentes confrontos entre Israel e o Hezbollah no Líbano.
Para início de mandato, o novo secretário-geral da NATO terá de assegurar que o financiamento dos países do bloco continua a aumentar, para que o limite de investimento de 2% do Produto Interno Bruto em defesa seja o mínimo e que haja cada vez mais contingentes preparados para intervir.
Em simultâneo, depois de 05 de novembro, a NATO poderá ter de enfrentar o regresso de Donald Trump à Casa Branca e o seu ceticismo em relação à Aliança Atlântica, que no passado chegou a ameaçar com a saída dos Estados Unidos da América.
No entanto, minutos antes de tomar posse, Mark Rutte disse que "não está preocupado" com o resultado das eleições e que trabalhará com Donald Trump ou com a democrata Kamala Harris, que concorre contra o republicano.
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