Na primeira intervenção que fez enquanto secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), Mark Rutte definiu a sua prioridade para o início do mandato: "Assegurar que a NATO continua forte."
O ex-primeiro-ministro dos Países Baixos disse que para o cumprir esse objetivo são necessárias "mais forças, com mais capacidades e mais inovação".
"Para fazer mais precisamos de investir mais, não há uma análise custo-benefício que possa ser feita se queremos proteger as nossas pessoas", completou, no início de uma reunião do Conselho do Atlântico Norte, minutos depois de tomar posse, no quartel-general da NATO, em Bruxelas.
Também no arranque do seu mandato, Mark Rutte estabeleceu como prioridade "aproximar ainda mais a Ucrânia da NATO", dando sequência à criação do Conselho NATO -- Ucrânia, criado com esse propósito na cimeira de 2023.
"Não há segurança duradoura na Europa sem uma Ucrânia forte e independente. Sei por experiência própria, com o voo MH14, que o conflito na Ucrânia não está circunscrito às suas fronteiras", sustentou.
O avião MH14, que voava de Amesterdão para Kuala Lumpur, foi atingido por um míssil disparado por separatistas russos na Ucrânia, em 2014, de acordo com as conclusões de uma investigação independente ao incidente.
"Esta é agora a minha casa longe de casa", finalizou o novo secretário-geral da NATO, iniciando os trabalhos do Conselho do Atlântico Norte.
A reunião foi, no entanto, interrompida por instantes para cumprimentos de saudação a Mark Rutte e de despedida a Jens Stoltenberg.
Na rede social X, Mark Rutte agradeceu a todos os países que integram "a aliança político-militar de maior sucesso", que são 32 desde este ano, com a inclusão da Suécia em abril.
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