"Temos um quase referendo sobre a escolha entre a Europa ou o regresso a um passado russo incerto", afirmou Zurabishvili sobre as eleições numa entrevista telefónica à agência noticiosa francesa AFP.
Zurabishvili considerou que o sucesso do partido conservador no poder, o Sonho Georgiano do bilionário Bidzina Ivanishvili, significaria "o afastamento da liberdade" e o regresso a um passado sob o domínio russo.
Num tal cenário, referiu, "a Geórgia já não teria plena soberania e independência".
Com cerca de 3,7 milhões de habitantes, a antiga república soviética da Geórgia situa-se no Cáucaso e tem fronteiras com a Rússia, a Arménia, o Azerbaijão e a Turquia, sendo banhada a ocidente pelo mar do Norte.
A Geórgia apresentou o pedido de adesão à União Europeia (UE) em março de 2022, pouco depois de a Rússia invadir a Ucrânia, e tornou-se um país candidato em dezembro de 2023.
Na entrevista à AFP, Salome Zurabishvili disse que "as sondagens mostram que os partidos pró-europeus são largamente maioritários".
"Estou bastante otimista quanto ao facto de a população georgiana, 80% da qual tem estado a favor da Europa nas últimas três décadas, não se voltar subitamente contra nós", afirmou.
A Presidente da Geórgia acusou o partido governamental de estar a impedir a diáspora de votar.
"Mas a fraude não deve e não pode sobrepor-se a uma grande mobilização da população", acrescentou.
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