Trump quer lutar por apoiantes onde foi alvo de tentativa de homicídio
O candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos regressou no sábado ao local onde foi vítima de tentativa de homicídio para um comício onde prometeu lutar pelos seus apoiantes.
© Kevin Dietsch/Getty Images
Mundo Trump
"Ao longo dos últimos oito anos, aqueles que nos querem impedir caluniaram-me, tentaram destituir-me do cargo, levaram-me a tribunal, tentaram tirar-me os boletins de voto e, quem sabe, talvez até me tenham tentado matar. Mas eu nunca deixei de lutar por vós e nunca deixarei", afirmou o antigo Presidente, num comício que contou com o seu candidato a vice-presidente J. D. Vance e pelo empresário Elon Musk.
"Há 12 semanas, aqui mesmo, um assassino tentou silenciar-me a mim e ao nosso movimento" e esse "monstro cruel" esteve perto de o conseguir, mas "a mão da Providência impediu-o", declarou Trump, perante uma multidão entusiasta na cidade de Butler, no estado da Pensilvânia, considerado um dos locais mais cruciais para as eleições de 05 de novembro.
No comício, o candidato republicano guardou um minuto de silêncio, no momento exato em que foram disparados os tiros de 13 de julho, com uma homenagem à única vítima, Corey Comperatore.
Segundo a agência de notícias francesa AFP, o comício teve uma segurança muito apertada, com atiradores furtivos nos telhados de vários edifícios circundantes e um drone a sobrevoar a
Vários milhares de pessoas foram ouvir Trump, muitas delas com t-shirts com a imagem do antigo presidente logo após o atentado, outras com as orelhas tapadas, lembrando a ligadura que o candidato usou nos dias que se seguiram.
Desde a tentativa de homicídio, as pessoas próximas do candidato acusaram os democratas de incitarem à violência com o seu discurso que retratava Trump como um risco existencial para a democracia.
O seu regresso a Butler acontece um dia depois de Joe Biden ter feito declarações preocupadas com o facto de as eleições poderem não ser "pacíficas".
"Estou preocupado com o que eles vão fazer" durante a votação, disse o presidente americano na sexta-feira
No ataque de 13 de julho, os serviços secretos dispararam sobre o jovem atirador, Thomas Crooks, de 20 anos, a partir do telhado de um edifício a algumas centenas de metros de distância.
A chefe dos serviços secretos, Kimberly Cheatle, foi obrigada a demitir-se por erros de planeamento.
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