Netanyahu quer "mudar a realidade da segurança" para evitar novo ataque

O primeiro-ministro israelita afirmou hoje que Israel está a "mudar a realidade da segurança" no Médio Oriente para evitar que se repita "o que aconteceu a 7 de outubro", aludindo aos ataques sem precedentes do Hamas de há um ano.

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Lusa
07/10/2024 15:08 ‧ 07/10/2024 por Lusa

Mundo

Israel

"Estamos a mudar a realidade da segurança na nossa região, em nome dos nossos filhos e do nosso futuro, para garantir que o que aconteceu a 7 de outubro não volte a acontecer", disse Benjamin Netanyahu, após uma reunião do seu gabinete.

 

O chefe do Governo israelita sublinhou que o país "tem estado sob ataque de sete frentes desde esse dia negro", segundo um comunicado divulgado pelo seu gabinete.

Reiterou que Israel "está numa guerra pela sua existência, a guerra da ressurreição".

"É assim que eu gostaria de chamar oficialmente a esta guerra", afirmou.

Netanyahu afirmou que "o contra-ataque" contra os "inimigos do eixo do mal iraniano" era "uma condição necessária para garantir o futuro e a segurança" dos israelitas.

"Terminaremos a guerra quando completarmos todos os objetivos que estabelecemos: acabar com o governo maléfico do Hamas, devolver todos os reféns a casa, vivos e mortos, impedir qualquer nova ameaça de Gaza a Israel e trazer os residentes do sul e do norte de volta às suas casas em segurança", reiterou.

Netanyahu aproveitou a sua mensagem para condenar novamente o "ataque surpresa assassino" perpetrado pelos "terroristas do Hamas" em 7 de outubro de 2023 e recordou que "pouco depois do massacre" afirmou que o país "está em guerra".

"Não numa operação, não numa ronda de combates. Estamos em guerra", explicou.

"Neste dia, prestamos homenagem à memória dos nossos irmãos e irmãs, dos nossos filhos e filhas, dos nossos pais e avós, que foram massacrados pelos terroristas do Hamas. Crianças assassinadas a sangue frio, mulheres e homens mortos, famílias inteiras destruídas", sublinhou, ao mesmo tempo que exprimia o seu apoio às famílias dos raptados, que "atravessam uma agonia interminável de dor e de preocupação com o destino dos seus entes queridos".

O primeiro-ministro israelita recordou também "os heróis que caíram em combate em Gaza, no Líbano e noutras zonas" e argumentou que "graças a eles o inimigo foi repelido, a maior parte das suas capacidades foram destruídas e muitos dos reféns foram libertados".

"Estamos determinados a terminar o trabalho", afirmou.

"São eles que se erguem como um muro protetor entre o mal dos nossos inimigos e o bem do nosso povo e do nosso país", exaltou Netanyahu, salientando que "o massacre de 7 de outubro foi o ataque mais horrível contra o povo desde o Holocausto".

"Ao contrário do Holocausto, enfrentámos os nossos inimigos e travámos uma guerra feroz. Com a ajuda de Deus, lutaremos juntos e juntos venceremos. A eternidade de Israel não terá fim", concluiu.

Há exatamente um ano, cerca de mil combatentes do Hamas atacaram inesperadamente o território israelita, matando quase 1.200 pessoas e fazendo mais de 250 reféns, dos quais quase 100 continuam na posse do Hamas.

O Governo de Telavive prometeu aniquilar o movimento islamita, considerado terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia.

As investidas de Israel na Faixa de Gaza já mataram cerca de 41.500 pessoas e forçaram quase dois milhões de pessoas a fugir de casa.

Leia Também: Marcelo "lamenta profundamente" morte de refém luso-israelita

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