Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average perdeu 0,94%, o tecnológico Nasdaq recuou 1,18% e o alargado S&P500 cedeu 0,96%.
"O início da semana foi marcado por uma certa aversão ao risco, com as ações sujeitas à pressão de duas forças em presença", a saber, o petróleo e os rendimentos obrigacionistas, comentou Angelo Kourkafas, analista da Edward Jones.
O mercado obrigacionista reagiu hoje bem ao relatório positivo sobre o emprego nos EUA, que foi divulgado na sexta-feira.
O rendimento das emissões de dívida federal a 10 anos superou o limiar simbólico dos quatro por cento, atingindo 4,02%, depois dos 3,96% com que fechou as transações na sexta-feira.
O rendimento destes títulos a dois anos atingiu os 3,98%, depois dos 3,92% de sexta-feira.
O relatório sobre o emprego "atenua as inquietações sobre o estado do mercado de trabalho e demonstra que a economia norte-americana permanece na via de um arrefecimento suave", notou Jones.
"Mas, por outro lado, isso implica que não há urgência para que o banco central dos EUA reduza a sua taxa de juro em meio ponto percentual", prosseguiu.
"Isso suscita inquietações quanto à inflação", avançou Jack Ablin, analista da Cresset Capital Management.
A subida do preço do petróleo, resultante da tensão no Médio Oriente, também inquietou a praça bolsista.
O barril de Brent, do Mar do Norte, para entrega em dezembro, subiu 3,69%, para os 80,93 dólares, o valor máximo desde o final de agosto, e o do West Texas Intermediate valorizou 3,71%, para os 77,14 dólares.
Esta semana ainda vai assistir ao início da época dos resultados e à divulgação dos valores mais recentes dos principais índices sobre a variação dos preços e da ata da reunião da Reserva Federal sobre política monetária.
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