Harris garante que só estará com Putin com representação da Ucrânia

A vice-Presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, afirmou na segunda-feira que não se reuniria com Vladimir Putin para discutir a guerra na Ucrânia sem que Kviv estivesse representada.

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© Getty Iamges/Kenny Holston/The New York Times/Bloomberg

Lusa
08/10/2024 06:11 ‧ 08/10/2024 por Lusa

Mundo

EUA/Eleições

Se for eleita Presidente, uma reunião com o chefe de Estado russo "não terá lugar bilateralmente, sem a Ucrânia", explicou numa entrevista ao canal de televisão CBS. "A Ucrânia deve ter uma palavra a dizer sobre o futuro da Ucrânia.

 

Nesta importante questão de política externa, a candidata democrata à Casa Branca procurou diferenciar-se claramente do rival Donald Trump, a um mês das eleições presidenciais.

"Se Donald Trump fosse Presidente, Putin estaria sentado em Kyiv neste momento, sejamos claros", insistiu. "Ele está a dizer: 'Oh, posso acabar com isto no primeiro dia'. Sabem o que é isso? É uma capitulação".

Trump garante regularmente que, se voltasse ao poder, acabaria com a guerra na Ucrânia ainda antes de tomar posse em janeiro. Mas nunca especifica como o faria, assinalou.

"Apoiamos a capacidade da Ucrânia de se defender contra a agressão russa não provocada", disse Harris.

Questionada sobre se apoiaria a inclusão da Ucrânia na NATO, Harris respondeu: "São questões que iremos tratar se e quando chegarmos a esse ponto".

No final de setembro, o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, visitou o EUA, onde se encontrou com o atual Presidente dos EUA, Joe Biden, bem como com Harris e Trump.

Depois do encontro com Donald Trump, Zelensky disse "estar grato" por uma reunião "muito produtiva", onde apresentou o "plano para a vitória".

A Ucrânia receia perder o apoio dos EUA em caso de vitória de Donald Trump, que critica regularmente as enormes somas de dinheiro libertadas por Washington para Kyiv desde 2022.

Antes do encontro com Zelensky, o líder republicano descreveu-o como "o melhor vendedor do planeta": "Cada vez que ele vem ao nosso país, sai com 60 mil milhões de dólares", gracejou.

Por outro lado, Biden garantiu que "a Rússia não vai ganhar". Durante o encontro com Zelensky, anunciou um "aumento da ajuda à segurança", sem, no entanto, mencionar a luz verde esperada por Kyiv para disparar mísseis de longo alcance fabricados nos EUA contra a Rússia.

Leia Também: Filhos? Após novas críticas, Kamala diz: "Mulheres precisam elevar-se"

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