Berlim prepara visita de Estado de Biden na quinta-feira

Berlim começa a preparar medidas de segurança para receber Joe Biden na quinta-feira, para a primeira visita de estado de um Presidente dos Estados Unidos à Alemanha desde a reunificação do país.

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© Ting Shen/Bloomberg via Getty Images

Lusa
08/10/2024 11:04 ‧ 08/10/2024 por Lusa

Mundo

Biden

Ao contrário de Barack Obama ou Donald Trump, que estiveram na Alemanha em visitas de trabalho, Joe Biden vai ser recebido com as mais altas honras protocolares. O Presidente dos Estados Unidos chega a Berlim na quinta-feira, sendo aguardado no Palácio Bellevue, na manhã de 11 de outubro, com honras militares. Está depois prevista uma reunião com o Presidente alemão Frank-Walter Steinmeier.

 

A última visita de Estado de um Presidente norte-americano à Alemanha foi há quase 40 anos, quando Reagan viajou para Bona, Bitburg e Bergen-Belsen em 1985. No que diz respeito a medidas de segurança, estas devem ser semelhantes às aplicadas à passagem de Barack Obama pelo país.

Atiradores de elite das unidades especiais da Polícia Federal e da Polícia Judiciária Estatal vão ser colocados nos telhados, tampas de esgoto soldadas em certas ruas, a polícia fluvial vai estar presente com barcos no rio Spree e esquadrões de cães vão revistar a área circundante.

Como é habitual, a polícia de Berlim não quis adiantar detalhes sobre as medidas de segurança alargadas. "Estamos a preparar a visita de Estado", limitou-se a dizer um porta-voz da polícia. De acordo com o sindicato da polícia (GdP), mais de 5.000 agentes foram destacados durante a visita de despedida de Obama em novembro de 2016.

Na sexta-feira, está também previsto um banquete de Estado em honra de Biden e uma cerimónia de entrega de medalhas.

"O Presidente Federal condecorará o Presidente Biden com a mais alta honraria alemã, o nível especial da Grã-Cruz da Ordem do Mérito da República Federal da Alemanha. Ao fazê-lo, o presidente federal presta homenagem aos serviços prestados pelo presidente Biden à amizade germano-americana e à aliança transatlântica, que Biden desempenhou um papel fundamental na formação ao longo de cinco décadas e no fortalecimento, especialmente diante da agressão russa contra a Ucrânia", pode ler-se na página oficial da presidência.

Biden tem depois encontro marcado com o chanceler Olaf Scholz. Ambos falarão com o primeiro-ministro britânico Keir Starmer e o presidente francês, Emmanuel Macron, na Chancelaria. Depois, os quatro viajarão para a Renânia-Palatinado, onde está prevista uma cimeira sobre a Ucrânia na base aérea dos EUA em Ramstein.

De acordo com o jornal Spiegel, Biden também deverá encontrar-se com Margot Friedländer durante a sua estadia em Berlim. A sobrevivente do Holocausto, de 102 anos, esteve presa no campo de concentração de Theresienstadt quando era jovem. Depois da sua libertação, mudou-se primeiro para os EUA e regressou à Alemanha em 2010.

Durante os dias da visita de Biden são esperadas várias manifestações. Além das ações de protesto de movimentos pró-Palestina, que deverão prolongar-se por toda a semana, a "Netzwerk Friedenskooperative" (Rede de Cooperação para a Paz) planeia manifestar-se na quinta-feira à noite junto às Portas de Bramdenburgo, em frente à embaixada norte-americana, contra a visita do presidente dos Estados Unidos e o planeado estacionamento de mísseis de médio alcance dos EUA na Alemanha.

No verão, os EUA e o governo de Berlim chegaram a acordo sobre a instalação de armas de médio alcance na Alemanha a partir de 2026. Para além dos mísseis de cruzeiro Tomahawk e dos mísseis de defesa aérea SM-6, as armas hipersónicas recentemente desenvolvidas deverão também contribuir para o reforço da dissuasão militar para proteger os parceiros da NATO na Europa.

Na sexta-feira à noite, está previsto um protesto da Alexanderplatz até às Portas de Bramdeburgo, sob o lema "Joe Biden não é bem-vindo".

A primeira e última visita de Joe Biden à Alemanha como presidente dos Estados Unidos começa na quinta-feira e termina no sábado, dia 12 de outubro.

Leia Também: Pedro Sánchez vai reunir-se com o Papa esta sexta-feira

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