Numa conferência de imprensa, o porta-voz internacional do Exército de Israel, Nadav Shoshani, disse que, por enquanto, se desconhecem mais túneis do grupo xiita que atravessem a fronteira do Líbano e entrem em território israelita.
A estrutura ainda não estava concluída, pelo que não tinha saída do lado israelita da fronteira, e foi identificada há meses, indicou Shoshani.
O porta-voz não quis fornecer pormenores sobre como o túnel foi descoberto, mas recordou que Israel realiza missões em solo libanês desde há meses, mesmo antes do início, há uma semana, da sua invasão do país vizinho -- a que as autoridades israelitas chamaram "incursões limitadas" contra infraestruturas do Hezbollah no sul do Líbano.
Shoshani indicou ainda tratar-se de uma construção recente, localizada perto da comunidade israelita de Zarit, na Alta Galileia.
Israel acusa o grupo xiita libanês de planear uma invasão semelhante ao ataque do movimento islamita palestiniano Hamas, a 07 de outubro de 2023, para a qual reuniu armas e construiu infraestruturas ao longo da fronteira, e defende que as suas operações naquela zona se destinam a impedir um tal ataque.
O Estado hebreu tem estado envolvido num constante fogo cruzado com o Hezbollah desde há exatamente um ano, embora nas últimas duas semanas tenha intensificado os seus ataques, concentrados principalmente no sul e no leste do Líbano, mas também visando a capital, Beirute.
Ordenou igualmente a evacuação forçada de mais de uma centena de comunidades libanesas ao sul do rio Awali, situado a mais de 50 quilómetros da fronteira com Israel.
Nos ataques, mais de 2.000 pessoas foram mortas e um milhão viu-se obrigado a deslocar-se, segundo as autoridades libanesas.
Também morreram pelo menos 11 soldados israelitas em combates com o Hezbollah, segundo o Exército de Israel.
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