Israel anuncia morte de dirigente do Hezbollah no sul do Líbano

O Exército israelita reivindicou hoje a morte de um comandante da unidade antitanque das forças especiais da milícia xiita Hezbollah num novo bombardeamento no sul do Líbano, sem que o movimento pró-iraniano tenha confirmado a ação.

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© REUTERS/Amr Abdallah Dalsh

Lusa
11/10/2024 14:08 ‧ 11/10/2024 por Lusa

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Médio Oriente

Num comunicado, as Forças de Defesa de Israel (FDI) adiantaram tratar-se de Ghareeb al-Shujaa, comandante da força de elite Radwan do Hezbollah, que dirigia a unidade de mísseis antitanque na zona de Meiss el-Jabal, no sul do Líbano, e que é responsável pela orquestração de numerosos ataques contra Israel.

 

"As FDI atacaram e eliminaram o terrorista Ghareeb al_Shujaa, comandante da unidade de mísseis antitanque Radwan em Meiss el-Jabal, responsável por numerosos ataques com mísseis contra Ramot Naftali, no norte de Israel", lê-se no comunicado.

As forças israelitas também identificaram e atacaram um lançador de mísseis que estava pronto para disparar contra território israelita, além de terem atacado uma "célula terrorista" do Hezbollah que se preparava para atacar as tropas de Israel, acrescentou o comunicado das FDI.

O exército confirmou ainda que um míssil antitanque disparado do Líbano atingiu hoje de manhã o 'kibbutz' de Yiron, no norte de Israel, matando um trabalhador tailandês e ferindo outro civil.

Israel também afirmou ter intercetado e destruído dois veículos aéreos não tripulados que se aproximavam do território israelita, enquanto cerca de 25 outros projéteis disparados do Líbano foram identificados e fizeram disparar os alarmes nas cidades de Haifa e Krayot, na costa mediterrânica do norte de Israel, alguns dos quais foram intercetados e outros atingidos, sem que até agora tenham sido registadas vítimas ou feridos.

Israel e o grupo xiita estão envolvidos numa troca de tiros há mais de um ano, paralelamente à guerra em Gaza, que se intensificou nos últimos dias, quando o exército israelita intensificou os bombardeamentos no país vizinho e lançou uma incursão terrestre que já matou mais de 2.100 pessoas e feriu 11.000 no Líbano.

Na noite de quinta-feira, aviões israelitas lançaram um bombardeamento no centro de Beirute, tendo como alvo Wafiq Safa, chefe da unidade de ligação do Hezbollah, que aparentemente saiu ileso, mas matando outras 25 pessoas e ferido 117, depois de Israel ter matado o líder máximo do grupo xiita, Hassan Nasrallah, há duas semanas.

Hoje de manhã, na Cisjordânia, o exército israelita anunciou ter abatido quinta-feira o líder do movimento extremista Jihad Islâmica no campo de refugiados palestinianos de Nour Shams, em Tulkarem.

"Um avião atingiu a zona de Tulkarem e eliminou Mohammed Abdullah, o líder da rede terrorista da Jihad Islâmica em Nour Shams", indicou o exército em comunicado, acrescentando que também matou outro combatente.

Abdullah era o sucessor de Mohammed Jaber, conhecido como "Abu Shujaa", morto a 29 de agosto num ataque israelita ao campo de Nour Shams, acrescentou.

A Jihad Islâmica, movimento islamista com uma forte presença nos campos de refugiados do norte da Cisjordânia, não confirmou a morte do líder.

O exército israelita acusa Mohammed Abdullah de estar "implicado em numerosos atentados na região", indicou num comunicado publicado na plataforma Telegram.

Em Nour Shams, os ramos armados dos diferentes movimentos palestinianos anunciam regularmente a morte de homens em combates com soldados ou em ataques de aviões israelitas.

Mais de 13.000 palestinianos vivem no campo de refugiados de Nour Shams, aberto em 1952. De acordo com a ONU, é um dos 19 campos da Cisjordânia mais afetados por problemas de saúde.

Leia Também: Pelo menos 18 instalações médicas no Líbano atacadas por Israel

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