"A Ucrânia (...) quer um fim justo e rápido para esta guerra (...) Gostava de ver isto o mais tardar no próximo ano, 2025", disse Zelensky, ao lado do chanceler alemão, Olaf Scholz, sublinhando que é "muito importante que a ajuda não diminua no próximo ano".
Olaf Scholz garantiu que o apoio à Ucrânia não esmorecerá, ao receber o Presidente ucraniano em Berlim.
"O nosso apoio à Ucrânia não irá enfraquecer", assegurou Olaf Scholz, acrescentando que a Alemanha não aceitará "uma paz ditada pela Rússia", respondendo assim ao apelo de Zelensky para que a Europa não diminua a ajuda a Kiev.
Scholz anunciou um novo pacote de ajuda militar à Ucrânia no valor de 1,4 mil milhões de euros, que será fornecido pela Alemanha, Bélgica, Dinamarca e Noruega, ainda antes do final do presente ano.
Este pacote conterá sistemas de defesa aérea IRIS-T e Skynex, bem como blindagem antiaérea Gepard, 'drones' de combate, munições de artilharia e radares, entre outros.
A Alemanha acaba também de fornecer um pacote de ajuda militar de 600 milhões de euros que inclui o quinto sistema IRIS-T, tanques, sistemas de obuses, munições de artilharia e 'drones', lembrou o chanceler.
Scholz sublinhou ainda que, dado o contínuo bombardeamento da infraestrutura elétrica da Ucrânia pela Rússia, a Alemanha aprovou recentemente uma assistência adicional de 170 milhões de euros para poder reparar rapidamente os piores danos e restaurar o fornecimento de energia antes do Inverno.
O chanceler alemão lembrou ainda que no próximo ano a Alemanha já alocou nos seus orçamentos cerca de quatro mil milhões de euros em ajuda bilateral direta à Ucrânia.
Em resposta, Zelensky agradeceu à Alemanha e, pessoalmente, a Olaf Scholz a ajuda recebida para o esforço de guerra contra a Rússia.
"Exigimos uma paz justa para a Ucrânia e uma vitória para nós", disse Zelensky, garantindo que nenhum país quer tanto o fim do conflito como a Ucrânia.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.
Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas confrontaram-se com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram entretanto a concretizar-se.
As negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território, e a rejeitar negociar enquanto as forças ucranianas controlem a região russa de Kursk, parcialmente ocupada em agosto.
[Notícia atualizada às 15h37]
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