Segundo um comunicado do Departamento do Tesouro norte-americano, as sanções visam o conjunto do setor, mas também cerca de 20 petroleiros, bem como empresas com sede no estrangeiro, todos eles acusados de envolvimento no transporte de petróleo e matérias petroquímicas iranianas.
"Esta ação intensifica a pressão financeira sobre o Irão, limitando a capacidade do regime para obter receitas energéticas essenciais para minar a estabilidade na região [do Médio Oriente] e atacar parceiros e aliados dos Estados Unidos", lê-se no comunicado.
As empresas visadas estão, na maioria, sediadas na China, mas há também duas empresas dos Emirados Árabes Unidos e uma da Libéria envolvidas.
Os armadores dos navios, com sede nomeadamente no Panamá, na Malásia e nas Ilhas Marshall, são igualmente abrangidos pelas sanções norte-americanas.
"As sanções hoje impostas têm como alvo os esforços do Irão para canalizar as receitas geradas pela sua indústria energética para o financiamento de atividades mortíferas e perturbadoras, com graves consequências para a região e para o mundo", declarou a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, citada na nota de imprensa.
Elas implicam o congelamento dos bens detidos direta ou indiretamente pelas empresas visadas nos Estados Unidos, bem como a proibição de empresas sediadas no país ou de cidadãos norte-americanos negociarem com os alvos das sanções, sob pena de serem também eles sancionados.
Também vão complicar, na prática, as trocas comerciais das empresas sancionadas, limitando as suas hipóteses de utilizar o dólar nas suas transações, o que as colocaria no âmbito da jurisdição norte-americana.
A 01 de outubro, o Irão lançou cerca de 200 mísseis sobre Israel, um ataque apresentado como uma retaliação ao assassínio dos líderes do Hamas palestiniano, Ismail Hanyieh, em Teerão, e do movimento xiita libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, e também de um general da Guarda da Revolução iraniana, num bombardeamento israelita nas imediações de Beirute.
Israel prometeu, desde então, retaliar, tendo o ministro da Defesa, Yoav Gallant, anunciado na quarta-feira que o ataque será "mortal, preciso e surpreendente".
Mas Washington está a tentar limitar a escala da resposta israelita, a fim de evitar uma guerra generalizada no Médio Oriente.
[Notícia atualizada às 20h42]
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