Depois de mais de 20 anos no corredor da morte, numa prisão do Texas, Robert Roberson já tem marcado o dia da sua execução. O norte-americano foi acusado da morte da filha Nikki, de 2 anos, que aconteceu em janeiro de 2002.
Roberson foi acusado depois de levar a filha doente ao hospital. Segundo documentos do tribunal, os médicos diagnosticaram na menina hematomas e lesões na cabeça, incluindo inchaço cerebral e sangue no cérebro e atrás dos olhos. Os médicos atribuíram as lesões ao síndrome de bebé abanado e o pai da criança acabou condenado pela morte da menina.
No entanto, os advogados dizem que foi um diagnóstico errado e que Nikki estava com uma pneumonia que progrediu para sépsis. Segundo os mesmos, a doença foi agravada devido à combinação de medicamentos que agora foram considerados impróprios para crianças.
Defendem ainda que o homem foi acusado injustamente por ser “estranho” sendo que, mais tarde, em 2018, foi-lhe diagnosticado autismo. Em entrevista à CNN, Roberson diz que “não cometeu nenhum crime". "Fui falsamente e injustamente condenado. Disseram que era um crime. É um crime ter uma menina doente?”
Os advogados apontam que se Robert Roberson, de 57 anos, for morto através da injeção letal, vai ser a primeira vez que um homem é executado nos Estados Unidos com base no diagnóstico do síndrome de bebé abanado.
A execução está marcada para quinta-feira. Os advogados e apoiantes apelaram ao Conselho de Perdões e Peculiaridades do estado para recomendar clemência e revisão da sentença. Também a maioria dos membros da Câmara do Texas, onde a maior parte são republicanos, apelou à suspensão da execução.
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