"Não foi cometido crime". Advogados defendem inocência de Robert Roberson

O norte-americano Robert Roberson está no corredor da morte há 21 anos. Vai agora ser executado com injeção letal, mas os advogados dizem que o homem é inocente da morte da filha de 2 anos.

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© Ilana Panich-Linsman/The Innocence Project

Notícias ao Minuto
14/10/2024 16:27 ‧ 14/10/2024 por Notícias ao Minuto

Mundo

EUA

Depois de mais de 20 anos no corredor da morte, numa prisão do Texas, Robert Roberson já tem marcado o dia da sua execução. O norte-americano foi acusado da morte da filha Nikki, de 2 anos, que aconteceu em janeiro de 2002. 

 

Roberson foi acusado depois de levar a filha doente ao hospital. Segundo documentos do tribunal, os médicos diagnosticaram na menina hematomas e lesões na cabeça, incluindo inchaço cerebral e sangue no cérebro e atrás dos olhos. Os médicos atribuíram as lesões ao síndrome de bebé abanado e o pai da criança acabou condenado pela morte da menina.  

No entanto, os advogados dizem que foi um diagnóstico errado e que Nikki estava com uma pneumonia que progrediu para sépsis. Segundo os mesmos, a doença foi agravada devido à combinação de medicamentos que agora foram considerados impróprios para crianças.

Defendem ainda que o homem foi acusado injustamente por ser “estranho” sendo que, mais tarde, em 2018, foi-lhe diagnosticado autismo. Em entrevista à CNN, Roberson diz que “não cometeu nenhum crime". "Fui falsamente e injustamente condenado. Disseram que era um crime. É um crime ter uma menina doente?”

Os advogados apontam que se Robert Roberson, de 57 anos, for morto através da injeção letal, vai ser a primeira vez que um homem é executado nos Estados Unidos com base no diagnóstico do síndrome de bebé abanado. 

A execução está marcada para quinta-feira. Os advogados e apoiantes apelaram ao Conselho de Perdões e Peculiaridades do estado para recomendar clemência e revisão da sentença. Também a maioria dos membros da Câmara do Texas, onde a maior parte são republicanos, apelou à suspensão da execução. 

Leia Também: Polícia nos EUA encontra saco que dizia "que não tinha drogas". Mas tinha

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