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"Comunhão de Trump" ao som de 'Hallelujah' foi "o cúmulo da blasfémia"

Rufus Wainwright deu conta de que o espólio de Leonard Cohen notificou formalmente a campanha de Trump com uma carta de cessação, ao mesmo tempo que adiantou ter ficado "mortificado" com o uso da sua versão da música por parte do magnata.

"Comunhão de Trump" ao som de 'Hallelujah' foi "o cúmulo da blasfémia"
Notícias ao Minuto

16/10/24 16:16 ‧ Há 2 Horas por Notícias ao Minuto

Mundo EUA

Depois de, na segunda-feira, o antigo presidente norte-americano ter realizado um ‘concerto’ improvisado num comício na Pensilvânia, no qual dançou e balançou ao som dos seus temas favoritos, entre eles a versão de ‘Hallelujah’ interpretada pelo cantor e compositor Rufus Wainwright, o artista garantiu ter ficado “horrorizado” com o que considerou ter sido “o cúmulo da blasfémia”.

 

“A canção 'Hallelujah' de Leonard Cohen tornou-se um hino dedicado à paz, ao amor e à aceitação da verdade. Ao longo dos anos, senti-me extremamente honrado por estar ligado a esta ode à tolerância. Testemunhar a comunhão de Trump e dos seus apoiantes com esta música, ontem à noite, foi o cúmulo da blasfémia”, confessou o músico canadiano, num comunicado publicado na quarta-feira na rede social X (Twitter).

O artista deu ainda conta de que o espólio de Leonard Cohen notificou formalmente a campanha de Trump com uma carta de cessação, ao mesmo tempo que adiantou ter ficado “mortificado”.

“Não concordo de modo nenhum com isto e fiquei mortificado, mas o lado bom de mim espera que, talvez ao habitar e ouvir realmente a letra da obra-prima de Cohen, Donald Trump possa sentir um pouco de remorsos pelo que causou. Não estou a suster a respiração”, disse.

Saliente-se que, ao longo de 39 minutos, Trump dançou, deu apertos de mão, balançou-se e apontou para a multidão que, aos poucos, ia abandonando o 'town hall' - uma sessão pública de perguntas e respostas aos eleitores - organizado em Oaks.

Além de ‘Hallelujah’, o público foi brindado com temas como ‘Con Te Partiro’, de Andrea Bocelli e Sarah Brightman, ‘Nothing Compares 2 U’, de Sinéad O'Connor, ‘An American Trilogy’, de Elvis Presley, ‘Rich Men North of Richmond’, de Oliver Anthony, ‘November Rain’, dos Guns N' Roses, e até mesmo ‘YMCA’, dos Village People - um êxito que se tornou um dos pontos de referência dos seus comícios.

Recorde-se que Trump já foi processado pela família do cantor Isaac Hayes por ter usado o tema ‘Hold On, I’m Coming’ sem autorização, alegadamente por mais de 100 vezes. Segundo os advogados, o magnata incorre no pagamento de 150 mil dólares (cerca de 134.490 euros) por cada uso não autorizado.

Já em agosto, tanto Trump como o seu vice-presidente, J.D. Vance, foram ameaçados pela cantora Céline Dion devido ao uso não autorizado da música ‘My Heart Will Go On’, num comício no Montana.

No mesmo mês, os Foo Fighters contestaram o uso de ‘My Hero’ durante um comício no Arizona, no qual o magnata recebeu o ex-candidato independente Robert F. Kennedy Jr. no palco. A banda assegurou ainda que doaria o valor dos direitos de autor recebidos como resultado à campanha de Harris.

Também os representantes da cantora Beyoncé ameaçaram mover uma ação legal contra o antigo presidente norte-americano pelo uso não autorizado do tema ‘Freedom’, canção que se tornou – com autorização – sinónimo da candidatura de Kamala Harris na corrida à Casa Branca.

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