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França. Ordenado julgamento de grupo Lafarge por "financiar terrorismo"

A Justiça francesa ordenou hoje o julgamento por "financiamento do terrorismo" do grupo Lafarge e de oito pessoas, incluindo antigos executivos, por terem prosseguido as atividades da empresa de cimento na Síria até 2014, segundo fontes próximas do processo.

França. Ordenado julgamento de grupo Lafarge por "financiar terrorismo"
Notícias ao Minuto

16/10/24 18:11 ‧ Há 3 Horas por Lusa

Mundo França

"Com o propósito de obtenção de lucros para a entidade económica para a qual trabalhavam ou, em alguns casos, de benefício pessoal direto", todos os arguidos "organizaram, validaram, facilitaram ou executaram uma política de financiamento de organizações terroristas instaladas em torno da fábrica de cimento" em Jalabiya, na Síria, de acordo com o despacho de apresentação ao tribunal penal, consultado pela agência noticiosa francesa AFP.

 

O grupo Lafarge, agora filial do grupo suíço Holcim, e os oito arguidos, membros da cadeia operacional ou de segurança, intermediários sírios, bem como o então diretor-geral da Lafarge SA, Bruno Lafont, serão julgados por financiamento de organizações terroristas e, em alguns casos, por incumprimento de sanções financeiras internacionais, de 04 de novembro a 09 de dezembro de 2025, segundo um calendário provisório.

O grupo é suspeito de ter pagado cinco milhões de euros em 2013 e 2014, através da sua filial síria Lafarge Cement Syria (LCS), a grupos 'jihadistas', entre os quais o Estado Islâmico (EI), e a intermediários para manter em funcionamento uma fábrica de cimento em Jalabiya, enquanto o país se afundava na guerra.

"A empresa manteve a sua autonomia de decisão e poderia ter interrompido a exploração da fábrica a qualquer momento, nomeadamente quando os seus administradores tomaram conhecimento das exigências financeiras das entidades terroristas", escreveram os três juízes de instrução.

"Ao aceitar pagar a estas entidades, a empresa avaliou as contrapartidas que poderia obter, como o desbloqueamento de estradas e a livre circulação de camiões e de funcionários da fábrica através da emissão de passes", acrescentaram.

A investigação judicial sobre a suspeita de cumplicidade da empresa em crimes contra a humanidade, aberta em junho de 2017, ainda está em curso.

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