A chamada "frota fantasma" é constituída por velhos navios russos de propriedade anónima e sem seguro.
Esta nova série de sanções, a quarta série decretada pelas autoridades britânicas, visa 18 petroleiros e quatro navios-tanque de gás natural liquefeito (GNL), informou o Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico num comunicado, no qual destacou tratar-se do "maior pacote de sanções" adotado até à data por Londres para combater as exportações russas de petróleo e gás.
No total, 43 navios-tanque estão atualmente sujeitos a sanções britânicas, ficando impedidos de entrar nos portos do Reino Unido. Também estão proibidos de beneficiar dos serviços marítimos prestados pelas companhias britânicas, nomeadamente em matéria de seguros.
Os 18 petroleiros visados hoje transportaram cerca de "4,9 mil milhões de dólares [cerca de 4,5 mil milhões de euros]" de carga só no ano passado, segundo a diplomacia britânica.
Um número "significativo" de navios é agora "forçado a ancorar fora dos portos em todo o mundo, incapaz de continuar a fornecer fundos para o cofre de guerra de (Presidente russo, Vladimir) Putin", afirmou o ministério.
"Temos de combater as atividades nefastas da Rússia constantemente, quer se trate de táticas ilícitas para reforçar os fundos para a guerra de Putin, da utilização de ataques cibernéticos ou da barbárie na linha da frente na Ucrânia", enfatizou o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, David Lammy, citado no comunicado.
Em julho passado, na cimeira da Comunidade Política Europeia (CPE) realizada no Reino Unido, Londres apelou aos 44 membros da CPE para "trabalharem em conjunto" contra a "frota fantasma" russa.
Composta por cerca de 600 navios, esta frota transporta quase 1,7 milhões de barris de petróleo por dia, estimou Londres na altura.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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